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ESG: O limite nos negócios é determinado pela ética, não pelo lucro. E você é corresponsável, mesmo sendo “apenas” consumidor.

Fomos impactados com mais uma denúncia de trabalho escravo em ação dos Auditores Fiscais do Trabalho. Desta vez não foi uma olaria no interior do nordeste ou uma confecção no interior de São Paulo.

Foram duas das maiores produtoras de bebidas do país, e mais uma grande cooperativa do segmento vitivinículo. Salton, Aurora e Garibaldi passam a integrar uma longa lista de grandes empresas, que na busca por economia e eficiência, abrem mão do processo produtivo e, sem poder, abrem mão do controle da sua cadeia produtiva. 

Parto sempre da presunção de inocência, mas sem de forma alguma, isentar da responsabilidade. Juridicamente, se culposo ou doloso, ambos são responsáveis, em maior ou menor medida.

Entretanto, como executivo e gestor, entendo ser muito difícil o gestor de uma empresa não saber do que acontece ao contratar empresas terceirizadas para cuidarem de uma das fases mais importantes do seu negócio: a colheita da uva.

Mais ainda no caso da Salton. Seu recorde de faturamento no ano passado, 500 milhões de reais e a arrojada meta de faturar 1 bilhão de reais em 2030 não condizem com práticas como as descobertas na semana passada, com trabalho análogo à escravidão praticado por uma empresa terceirizada.

A sociedade saiu em resposta ao fato, exigindo explicações e agindo de forma preventiva. Entre outras ações, por exemplo, Salton, Aurora e Garibaldi foram suspensas da APEXBrasil, órgão governamental que cuida das promoções às exportações brasileiras, perdendo todo e qualquer suporte às atividades de promoção, vendas e exportação de seus produtos.

Infelizmente isso é bem mais recorrente do que deveria e do que acompanhamos. O mundo tem hoje cerca de 27 milhões de escravos, sendo mais da metade deles, 18 milhões, composto por crianças! O dado é de um levantamento da Slavery Footprint, entidade que monitora o tema globalmente.

Fiz um breve levantamento dos últimos 15 anos, de grandes marcas globais envolvidas neste tipo de escândalo, sempre com a característica de estar terceirizando sua produção para um país ou região onde a mão de obra é mais barata, na busca de mais economia, mais lucro ou ambos.

A Apple em 2012 teve sua terceirizada chinesa Foxconn denunciada em matéria do jornal The New York Times pelo abusos contra seus empregados, desrespeito às regras de segurança, contratação de menores de idade e,  absurdamente, até a morte de alguns funcionários.

No mesmo ano, a Coca-Cola teve uma denúncia contra seu fornecedor de laranjas, para a produção da Fanta que, na Itália, trabalhava com mão de obra escrava de imigrantes africanos. A empresa norte-americana imediatamente rescindiu o contrato com a empresa e não tocou mais no assunto.

O ícone esportivo Nike, acabou se tornando sinônimo de trabalho infantil no mundo, quando em 1996 uma criança paquistanesa de 12 anos estampou a capa da revisa Time, costurando uma bola. Desde então a marca vem buscando dar mais transparência e governança aos seus processos produtivos, mas ainda recebe denúncias sobre a continuidade dos abusos contra os trabalhadores das fábricas terceirizadas.

A Hershey’s também passou por isso na compra do cacau, adquirido em grande volume da África Ocidental, região onde se situa a Costa do Marfim, recorrentemente denunciada pela Unicef e a Internacional Labor Rights Forum, por explorar o trabalho  infantil.

Até a Victoria’s Secret, em 2011 teve seu fornecedor de algodão, também da África Ocidental, denunciado por uso de mão de obra infantil, explorando crianças e impedindo que continuassem seus estudos.  A Bloomberg News em 2011 trouxe à tona uma investigação de quase dois meses, com depoimentos de jovens que sofreram este abuso. A empresa nada fez sobre o assunto, limitando-se a parar de usar o selo de ‘comércio justo’ nas etiquetas dos seus produtos.”

A marca Zara é reincidente. No Brasil temos registro em 2011 na cidade de Americana, com trabalho escravo nas confecções terceirizadas no interior do estado de São Paulo.

O conceito / modelo de negócio fast fashion, aliado a cadeias produtivas longas e terceirizadas dificultam o controle, mas de forma alguma isenta as empresas detentoras das marcas, da responsabilidade de gerenciar toda a cadeira e garantir sua transparência e governança.

Existem vários estudos sobre o tema, mas destaquei um do Núcleo do Conhecimento, que trata sobre o TRABALHO ANÁLOGO AO ESCRAVO NA INDÚSTRIA TÊXTIL BRASILEIRA.

Até as marcas de luxo entram no bolo. Na busca pela milenar habilidade de bordar dos indianos, marcas como Dior, Saint Laurent e Gucci foram denunciadas em 2020 numa matéria da revista Time, mostrando a cadeia de bordados e seus abusos contra os trabalhadores.

No Brasil o volume tem crescido. Em 2021 foram resgatados quase 2.000 pessoas em 23 estados do país. Uma rápida busca no site do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho mostra uma média de 20 matérias por mês sobre o tema, incluindo clipping, prestação de contas sobre notificações, multas, resgates e relatórios.

Podemos usar a teoria que o mercado ainda traz valores escravistas, que entende que  exploração da mão de obra é algo normal. 

Ou que a busca pela economia na produção, permite levar as fábricas para outras localidades com salários e impostos mais baixos, e uma regulamentação e fiscalização mais frouxas. 

Ou ainda que a pressão do mercado por preços mais baixos como premissa ao aumento do consumo leva as empresas a ações mais agressivas e menos éticas.

Sem uma governança clara e ativa, fica difícil impedir os abusos sobre a pessoa, sobre o social. Os valores das empresas e dos seus fundadores permeiam os negócios e suas relações. Tanto nas grandes como nas pequenas empresas, do lado corporativo estamos bem longe do caminho das pautas ESG.

Do outro lado, mesmo que você esteja indignado, sinto informar que em algum momento você consumiu, mesmo sem saber, algum produto ou serviço que tenha usado uma relação desequilibrada na relação capital / trabalho.

A questão é bem complexa e multifacetada. Muitas variáveis e interesses, pessoais e corporativos. Precisamos de uma mudança de mentalidade e de atitude para de fato interrompermos este ciclo.

Continuar indignado sempre que se deparar com fatos como este é uma forma. Mudar seus conceitos e padrões como consumidor, empreendedor e executivo é outra. E bem mais eficaz.

Não é nada fácil, mas é necessário dar o primeiro passo. E rápido.

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A saída para a diminuição da desigualdade social passa pela tributação dos mais ricos?

Nesta semana grande parte da população do planeta direciona os olhos para uma pequena 𝗰𝗼𝗺𝘂𝗻𝗮 suíça com menos de 12 mil habitantes.

Acontece mais um encontro em Davos, do World Economic Forum com líderes mundiais trazendo muitas provocações, projetos e propostas. Inclusive no canal do WEF você consegue assistir ao vivo as reuniões principais. #recomendo.

Quero aqui, trazer uma das 𝗽𝗿𝗼𝘃𝗼𝗰𝗮çõ𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗶𝗿𝗰𝘂𝗹𝗮𝗺 𝗽𝗼𝗿 𝗹á, proposta pela ONG Oxfam, de origem britânica e com atuação no Brasil: 𝗮 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝗱𝗲 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲𝘀 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘂𝗻𝗮, como forma de acelerar a diminuição do abismo social que se ampliou durante a pandemia em todo o mundo, inclusive em nosso país, infelizmente.

𝗔 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗲𝗻𝘁𝗿𝗮çã𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲𝘇𝗮 𝗻𝗼𝘀 𝟭% 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗿𝗶𝗰𝗼 𝗱𝗮 𝗽𝗼𝗽𝘂𝗹𝗮çã𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗶𝗮𝗹 𝗰𝗿𝗲𝘀𝗰𝗲𝘂 𝗱𝘂𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗮 𝗽𝗮𝗻𝗱𝗲𝗺𝗶𝗮, 𝗻𝗮 𝗱𝗶𝗿𝗲çã𝗼 𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗶𝗮 𝗿𝗲𝘀𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼.

Este mesmo cenário deflagrou múltiplas crises – fome, saúde, economia / mercado de trabalho, educação – que juntas, afastam mais ainda qualquer possibilidade de recuperação.

𝗔 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗢𝘅𝗳𝗮𝗺 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗲 𝗻𝗮 𝗱𝗶𝗿𝗲çã𝗼 𝗱𝗼 𝗮𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗿𝗲𝗻𝗱𝗮, 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝗮𝗹, 𝗹𝘂𝗰𝗿𝗼𝘀 𝗶𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗲 𝗮𝘁é 𝗮 𝗽𝗼𝗹ê𝗺𝗶𝗰𝗮 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝗮𝗻𝘂𝗮𝗹 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗼 𝘃𝗮𝗹𝗼𝗿 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘃𝗲𝘀𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲𝗺 𝗮çõ𝗲𝘀, 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗻ã𝗼 𝗿𝗲𝘀𝗴𝗮𝘁𝗮𝗱𝗼𝘀. Como uma tributação sobre a “marcação a mercado”, sobre um valor apenas referencial e não circulante. Aqui vejo problemas pois as aplicações financeiras são uma via de mão dupla entre lucro e prejuízo. 𝗕𝗮𝘀𝘁𝗮 𝗹𝗲𝗺𝗯𝗿𝗮𝗿 𝗼 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗲 𝗶𝗻𝗮𝗰𝗮𝗯𝗮𝗱𝗼 𝗰𝗮𝘀𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝗔𝗺𝗲𝗿𝗶𝗰𝗮𝗻𝗮𝘀.

Independente da polêmica, é fato que algo deve ser feito para redistribuir os recursos e garantir a possibilidade de recuperação global das populações com menos oportunidades e privilégios.

Se taxar os extremamente ricos pode mudar os rumos da década, não sei afirmar. Mas é um caminho que faz muito sentido para mim.

Para saber mais, recomendo a leitura da matéria do Nexo Jornal.

Ah… se ficou curioso com o primeiro parágrafo, dê uma googada no que é comuna.

#wef23 #economia #inclusão #esg #politicaspublicas #tributação #wef #davos #social #falasaade

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ESG, “pero no mucho”​.

Para conversar com você hoje, fui buscar inspiração num artigo que escrevi há algum tempo, antes de lançar o No Radar do Saade.

Sempre defendi o livre mercado e a iniciativa dos empreendedores, que geram emprego, riqueza e solucionam problemas. Também sempre apoiei projetos sociais que fomentassem o protagonismo dos participantes na solução de problemas sociais.

A FORÇA DA SOCIEDADE CIVIL

Acredito fortemente que a sociedade civil tem mais força e agilidade que o poder público no direcionamento e implementação das soluções tão necessárias na busca de igualdade, de equidade.

E desde que assumi a Superintendência Executiva do ESPRO – uma instituição filantrópica e sem fins lucrativos, que atende a três políticas públicas de forma multifacetada – vim calibrando a minha visão sobre o segmento, sua gestão e sustentabilidade financeira e buscando uma forma de usar minha visão do ambiente e dos interlocutores para melhorar o nosso resultado e engajar mais as empresas nesta causa tão nobre e urgentemente necessária.

Logo, foi natural, mas revelador, tratar cada iniciativa social como um produto, que resolve uma dor de uma determinada parcela da sociedade e que algumas empresas teriam interesse em patrocinar esta transformação.

Me achei um gênio por um breve intervalo de tempo, até conversar com outros gestores do terceiro setor e receber o tiro de misericórdia do Michael Porter, em seu TED de 2013! Nele, o professor traz uma reflexão sobre tratar causas sociais como produtos que resolvem problemas, dores, das pessoas e das empresas, tornando-se assim economicamente interessantes para patrocinadores e doadores.

Se o apoio financeiro a determinada causa social produz alguma contrapartida da qual a empresa possa se apropriar, ela passa a considerar isso como uma opção sólida de investimento.

Pena que a premissa é mais teórica que prática. Na vida real, a grande maioria das empresas que defendem ou possuem políticas internas ESG ainda medem o investimento pela saída do recurso e não pelo seu impacto social. Triste, mas verdadeiro.

Não adianta gastar mais no anúncio de divulgação do que no próprio projeto social. Não faz sentido cumprir a cota da política pública da inserção do jovem no mundo do trabalho e não dar condições para que ele se desenvolva. Ou ainda, não perceber que ele tem um grande potencial, mas chega na empresa com alguns gaps pela deficiência do ensino e suas limitadas condições de acesso.

Não tome minha fala como desanimada ou derrotada. O que quero é provocar em você o mesmo desconforto e indignação que sinto todos os dias, da cadeira onde sento no Espro, ao me deparar com situações como essas.

Mas temos boas iniciativas. E empresas comprometidas. Muitas. Inclusive já escrevi sobre isso em outro Radar, quando abordei de forma mais objetiva a questão ambiental e as iniciativas de impacto pelo mundo. Confira aqui.

PACTO GLOBAL DA ONU

Fechando o cenário, a seção brasileira do Pacto Global da ONU, lançou há dois mese, na B3 uma iniciativa para avanços mais concretos no país no que diz respeito a sustentabilidade. O programa, chamado de “Ambição 2030”, provoca as companhias brasileiras, listadas em bolsa ou não, a abraçarem e implementarem ações ligadas aos ODS, da ONU.

O programa busca impactar sete diferentes pilares: equidade de gênero, de raça, dignidade salarial, saúde mental, acesso à água, e medidas de transparência e anticorrupção. Também criarão um fórum especial composto por diretores financeiros de empresas, colocando no centro do controle financeiro das empresas a discussão ESG.

E você e sua empresa? Vão ficar só olhando?

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Você já assina o Tenha Cicatrizes, meu podcast diário?

Nele falo sobre fundamentos, dicas, cicatrizes, sacadas e gafes de empreendedores. Um minuto por dia, com aspiração de ser a dose recorrente de provocação, inspiração e aprendizado.

No episódio de hoje trago uma provocação sobre como, e se é possível, proteger uma ideia antes dela virar um negócio.

Procure por Tenha Cicatrizes ou por Alessandro Saade em seu agregador de podcast preferido. Ou clique e ouça diretamente no Spotify. Aproveite e assine, curta e compartilhe com que você entende que precise de uma dose diária de empreendedorismo.

#TenhaCicatrizes

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Nesta edição do Radar…

… falei sobre: #sustentabilidade #varejo #consumo #terceirosetor #comportamento #PME #falasaade

No Radar do Saade é uma newsletter de periodicidade incerta, onde compartilho fundamentos, dicas, cicatrizes, sacadas e gafes de empreendedores, com a aspiração de ser a dose recorrente de inspiração e aprendizado, para quem deseja começar algo novo, dar mais um passo no trabalho, nos negócios, ou na vida. Afinal, “sempre existe alguém começando algo novo.”

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Sou um visionário! Pena que 10 anos atrasado. Pelo menos.

Sempre defendi o livre mercado e a iniciativa dos empreendedores, que geram emprego, riqueza e solucionam problemas. Também sempre apoiei projetos sociais que fomentassem o protagonismo dos participantes na solução de problemas sociais.

Acredito fortemente que a sociedade civil tem mais força e agilidade que o poder público no direcionamento e implementação das soluções tão necessárias na busca de igualdade, de equidade.

Os próprios Compulsivos são, de certa forma, baseados nesta crença. É uma iniciativa social com fins lucrativos. Busca recursos no formato de patrocínio de grandes empresas que tenham a necessidade de se comunicar com ou se aproximar de determinado segmento de empresários PME. Com os recursos recebidos, impactamos a região com nossa metodologia de modelagem e aceleração de negócios reais, ajudando de fato aos empreendedores com a sua evolução e, deforma transparente e ética, estreitamos a relação entre o patrocinador e seu mercado. Fazemos isso há dez anos.

Entretanto, desde que assumi a Superintendência Executiva do ESPRO – uma instituição filantrópica e sem fins lucrativos, que atende a três políticas públicas de forma multifacetada – vim calibrando a minha visão sobre o segmento, sua gestão e sustentabilidade financeira e buscando uma forma de usar minha visão do ambiente e dos interlocutores para melhorar o nosso resultado e engajar mais as empresas nesta causa tão nobre e urgentemente necessária.

Logo, foi natural, mas revelador, tratar cada iniciativa social como um produto, que resolve uma dor de uma determinada parcela da sociedade e que algumas empresas teriam interesse em patrocinar esta transformação.

Me achei um gênio por um breve intervalo de tempo, até conversar com outros gestores do terceiro setor e receber o tiro de misericórdia do Michael Porter, em seu TED de 2013! Nele, o professor traz uma reflexão sobre tratar causas sociais como produtos que resolvem problemas, dores, das pessoas e das empresas, tornando-se assim economicamente interessantes para patrocinadores e doadores.

Se o apoio financeiro a determinada causa social produz alguma contrapartida da qual a empresa possa se apropriar, ela passa a considerar isso como uma opção sólida de investimento.

Claro que, mais cedo ou mais tarde, todos os gestores do terceiro setor, que tiveram alguma experiência prévia no mercado percebem claramente o tinham pela frente.

Mais ainda durante a pandemia, que ampliou o abismo das desigualdades. Mais ainda no meio do processo de implementação de uma profunda transformação tecnológica, cultural, estrutural dentro do Espro!

O desafio e sua beleza se encontram em criar o match entre o desafio na sociedade a ser vencido, a solução da nossa entidade que resolve este problema e a empresa que deseja atrelar esta causa à sua marca. Simples e desafiador assim.

E agora então, com o fortalecimento das iniciativas e políticas de ESG, aumenta ainda mais esta oportunidade.

Muito prazer, sou Alessandro Saade, Superintendente Executivo do Espro. Vamos conversar?