Semana passada, Lebron James superou a marca de maior pontuador da história da NBA, que pertencia há 38 anos a Kareem Abdul-Jabbar.
Ok, você pode não gostar de basquete, não entender, não acompanhar… Mas se estava no Planeta Terra na semana passada, em algum momento você foi impactado pela informação.
Além de admirar o esporte, joguei basquete ininterruptamente por 10 anos da minha vida, competindo em campeonatos federados e estudantis, estaduais e nacionais. Senti e sei do esforço necessário para se competir. É necessário muito treino, resiliência, determinação, para passar pelas derrotas, frustrações, lesões ….
Quanto melhor você joga, maior a cobrança, maior a necessidade de treino. Nunca acaba. Só aumenta. E isso só engrandece a conquista da semana.
Com o tempo o treino muda, fica menos tático, mais estratégico. O físico muda de função, o equilíbrio emocional assume mais importância, a experiência faz toda a diferença.
Naturalmente me remete ao livro Outliers, de Malcolm Gladwell, que apresenta a teoria das 10.000 horas de prática que separam os prodígios dos mortais. Tão ou mais importante que o talento, é a sua determinação e a oportunidade de praticar, praticar, praticar, na busca da perfeição.
Você já teve a sensação de fazer algo de forma natural, instintiva, sem esforço? Repetir diversas vezes aquela receita de bolo que todos elogiam. Tocar um instrumento sem se preocupar em olhar se a mão está fazendo o acorde correto. Olhar para um cenário e a compreensão dele pular na sua frente, de forma natural e espontânea.
Tudo vem da prática, do desejo de fazer, da determinação de seguir em frente.
E claro, trago a lembrança de outro livro, este do Ram Charam, Execução. Afinal, tão importante quanto planejar, é entregar. E muitos de nós patinamos neste momento.
Traçando um paralelo entre a vida corporativa e a vida esportiva, a cada novo campeonato as estratégias são ajustadas, os times são recompostos, jogadores mudam de uniforme e de lado, novatos aparecem e veteranos se despedem ou traçam novos caminhos, fora das quadras.
Empresas lançam novos produtos e serviços, adequam sua estratégia ao novo cenário, trazem reforços para o time, descontinuam unidades, avançam em novos mercados, celebram novas parcerias e encerram outras.
O que você e sua empresa fizeram na virada de ano? Para onde a sua estratégia vai lhe levar? Você possui indicadores para acompanhar a execução e ajustar, caso necessário? Até agora, está indo bem? Percorremos 12,5% do ano! Já parou para pensar nisso?
Voltando para o basquete, mas continuando com o negócio, o recorde da semana passada, com certeza, venderá mais camisas amarelas número seis do Lakers, venderá mais ingressos, aumentará os frequentadores dos bares nos dias de jogo, venderá mais bolas de basquete, levará mais pessoas aos parques com quadras nos fins de semana, enfim, aquecerá, mais ainda, um mercado que já é enorme no mundo!
Para fechar a nossa conversa gostaria de comentar a beleza e a sutileza do momento exato da conversão da cesta que quebra o recorde: Na imagem icônica registrada por Andrew D. Bernstei (NBAE / Getty Images), enquanto o ginásio inteiro apontava seus celulares para eternizar o arremesso, Phil Knight, fundador da Nike, patrocinadora do atleta há 20 anos, saboreava a o momento, na primeira fila, com as mãos e os olhos livres, vivendo e eternizando o momento que ele, de alguma forma, contribuiu para que ocorresse. Basta olhar para os números da Nike e perceber que ele, Phil Knight, assim como Lebron James, é um superador de recordes.
Congrats, King james!