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A saída para a diminuição da desigualdade social passa pela tributação dos mais ricos?

Nesta semana grande parte da população do planeta direciona os olhos para uma pequena 𝗰𝗼𝗺𝘂𝗻𝗮 suíça com menos de 12 mil habitantes.

Acontece mais um encontro em Davos, do World Economic Forum com líderes mundiais trazendo muitas provocações, projetos e propostas. Inclusive no canal do WEF você consegue assistir ao vivo as reuniões principais. #recomendo.

Quero aqui, trazer uma das 𝗽𝗿𝗼𝘃𝗼𝗰𝗮çõ𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗶𝗿𝗰𝘂𝗹𝗮𝗺 𝗽𝗼𝗿 𝗹á, proposta pela ONG Oxfam, de origem britânica e com atuação no Brasil: 𝗮 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝗱𝗲 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲𝘀 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘂𝗻𝗮, como forma de acelerar a diminuição do abismo social que se ampliou durante a pandemia em todo o mundo, inclusive em nosso país, infelizmente.

𝗔 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗲𝗻𝘁𝗿𝗮çã𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲𝘇𝗮 𝗻𝗼𝘀 𝟭% 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗿𝗶𝗰𝗼 𝗱𝗮 𝗽𝗼𝗽𝘂𝗹𝗮çã𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗶𝗮𝗹 𝗰𝗿𝗲𝘀𝗰𝗲𝘂 𝗱𝘂𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗮 𝗽𝗮𝗻𝗱𝗲𝗺𝗶𝗮, 𝗻𝗮 𝗱𝗶𝗿𝗲çã𝗼 𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗶𝗮 𝗿𝗲𝘀𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼.

Este mesmo cenário deflagrou múltiplas crises – fome, saúde, economia / mercado de trabalho, educação – que juntas, afastam mais ainda qualquer possibilidade de recuperação.

𝗔 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗢𝘅𝗳𝗮𝗺 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗲 𝗻𝗮 𝗱𝗶𝗿𝗲çã𝗼 𝗱𝗼 𝗮𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗿𝗲𝗻𝗱𝗮, 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝗮𝗹, 𝗹𝘂𝗰𝗿𝗼𝘀 𝗶𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗲 𝗮𝘁é 𝗮 𝗽𝗼𝗹ê𝗺𝗶𝗰𝗮 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝗮𝗻𝘂𝗮𝗹 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗼 𝘃𝗮𝗹𝗼𝗿 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘃𝗲𝘀𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲𝗺 𝗮çõ𝗲𝘀, 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗻ã𝗼 𝗿𝗲𝘀𝗴𝗮𝘁𝗮𝗱𝗼𝘀. Como uma tributação sobre a “marcação a mercado”, sobre um valor apenas referencial e não circulante. Aqui vejo problemas pois as aplicações financeiras são uma via de mão dupla entre lucro e prejuízo. 𝗕𝗮𝘀𝘁𝗮 𝗹𝗲𝗺𝗯𝗿𝗮𝗿 𝗼 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗲 𝗶𝗻𝗮𝗰𝗮𝗯𝗮𝗱𝗼 𝗰𝗮𝘀𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝗔𝗺𝗲𝗿𝗶𝗰𝗮𝗻𝗮𝘀.

Independente da polêmica, é fato que algo deve ser feito para redistribuir os recursos e garantir a possibilidade de recuperação global das populações com menos oportunidades e privilégios.

Se taxar os extremamente ricos pode mudar os rumos da década, não sei afirmar. Mas é um caminho que faz muito sentido para mim.

Para saber mais, recomendo a leitura da matéria do Nexo Jornal.

Ah… se ficou curioso com o primeiro parágrafo, dê uma googada no que é comuna.

#wef23 #economia #inclusão #esg #politicaspublicas #tributação #wef #davos #social #falasaade

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ESG, “pero no mucho”​.

Para conversar com você hoje, fui buscar inspiração num artigo que escrevi há algum tempo, antes de lançar o No Radar do Saade.

Sempre defendi o livre mercado e a iniciativa dos empreendedores, que geram emprego, riqueza e solucionam problemas. Também sempre apoiei projetos sociais que fomentassem o protagonismo dos participantes na solução de problemas sociais.

A FORÇA DA SOCIEDADE CIVIL

Acredito fortemente que a sociedade civil tem mais força e agilidade que o poder público no direcionamento e implementação das soluções tão necessárias na busca de igualdade, de equidade.

E desde que assumi a Superintendência Executiva do ESPRO – uma instituição filantrópica e sem fins lucrativos, que atende a três políticas públicas de forma multifacetada – vim calibrando a minha visão sobre o segmento, sua gestão e sustentabilidade financeira e buscando uma forma de usar minha visão do ambiente e dos interlocutores para melhorar o nosso resultado e engajar mais as empresas nesta causa tão nobre e urgentemente necessária.

Logo, foi natural, mas revelador, tratar cada iniciativa social como um produto, que resolve uma dor de uma determinada parcela da sociedade e que algumas empresas teriam interesse em patrocinar esta transformação.

Me achei um gênio por um breve intervalo de tempo, até conversar com outros gestores do terceiro setor e receber o tiro de misericórdia do Michael Porter, em seu TED de 2013! Nele, o professor traz uma reflexão sobre tratar causas sociais como produtos que resolvem problemas, dores, das pessoas e das empresas, tornando-se assim economicamente interessantes para patrocinadores e doadores.

Se o apoio financeiro a determinada causa social produz alguma contrapartida da qual a empresa possa se apropriar, ela passa a considerar isso como uma opção sólida de investimento.

Pena que a premissa é mais teórica que prática. Na vida real, a grande maioria das empresas que defendem ou possuem políticas internas ESG ainda medem o investimento pela saída do recurso e não pelo seu impacto social. Triste, mas verdadeiro.

Não adianta gastar mais no anúncio de divulgação do que no próprio projeto social. Não faz sentido cumprir a cota da política pública da inserção do jovem no mundo do trabalho e não dar condições para que ele se desenvolva. Ou ainda, não perceber que ele tem um grande potencial, mas chega na empresa com alguns gaps pela deficiência do ensino e suas limitadas condições de acesso.

Não tome minha fala como desanimada ou derrotada. O que quero é provocar em você o mesmo desconforto e indignação que sinto todos os dias, da cadeira onde sento no Espro, ao me deparar com situações como essas.

Mas temos boas iniciativas. E empresas comprometidas. Muitas. Inclusive já escrevi sobre isso em outro Radar, quando abordei de forma mais objetiva a questão ambiental e as iniciativas de impacto pelo mundo. Confira aqui.

PACTO GLOBAL DA ONU

Fechando o cenário, a seção brasileira do Pacto Global da ONU, lançou há dois mese, na B3 uma iniciativa para avanços mais concretos no país no que diz respeito a sustentabilidade. O programa, chamado de “Ambição 2030”, provoca as companhias brasileiras, listadas em bolsa ou não, a abraçarem e implementarem ações ligadas aos ODS, da ONU.

O programa busca impactar sete diferentes pilares: equidade de gênero, de raça, dignidade salarial, saúde mental, acesso à água, e medidas de transparência e anticorrupção. Também criarão um fórum especial composto por diretores financeiros de empresas, colocando no centro do controle financeiro das empresas a discussão ESG.

E você e sua empresa? Vão ficar só olhando?

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#TenhaCicatrizes

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Nesta edição do Radar…

… falei sobre: #sustentabilidade #varejo #consumo #terceirosetor #comportamento #PME #falasaade

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