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Bem-vindo 2025!

A vida segue seu fluxo continuamente, sem pausas ou acelerações.

Então precisamos de alguma forma marcar a passagem do tempo, medir os intervalos, controlar nossas ações, criar momentos de descanso, inspiração, aprendizado, transformação…

Convencionamos separa o tempo em segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e assim seguimos nossas vidas, com interseção em diversas vidas de muitas outras pessoas. Na nossa família, no trabalho, na escola, no clube, na igreja, no estádio, no transporte público e onde mais compartilhamos espaço e tempo com as pessoas.

A cada novo dia temos a oportunidade de fazer melhor que o dia anterior, a cada novo ano, recebemos um caderno em branco com 365 páginas e uma caneta, para escrevermos um novo capítulo, uma página por dia de nossas vidas.

Sempre próximo da virada do ano faço um balanço das minhas metas, objetivos, sonhos e projetos. O quanto cada um andou, se terminei, se atrasou, se precisei ajustar o projeto e suas metas…. Enfim, acompanho e presto conta para mim mesmo, das conquistas, aprendizados e cicatrizes de cada ano.

No preparo do ano seguinte, sempre busco usar modelos, métodos e ferramentas que me auxiliam com meus objetivos intensos e compulsivos. Pego o conceito, adapto à minha realidade e uso.

Decidi compartilhar com vocês alguns deles, que podem ou não, servir para vocês. Mas entendo que mesmo assim devo compartilhar.

Então, bora:

📅 3 coisas para cada ano – JESS EITZLER

Como adoro um planejador, um diário ou um plano, converti a provocação do JESS EITZLER em um conceito, um método. Ele tem o hábito de se comprometer com 3 coisas principais para o ano:

Primeiro ele usa um antigo ritual japonês chamado misogi que propõe uma grande ação no ano. Aquilo que definirá seu ano quando lembrar dele lá na frente. Então tenha um grande e desafiador objetivo anual: seja escrever um livro, correr a São Silvestre, casar…

A segunda coisa ter 6 mini aventuras anuais. Um fim de semana com a família, uma imersão num curso, aventuras com um dos filhos… Fazer algo que torne a jornada do ano leve e divertida.

E a terceira coisa é criar um hábito poderoso a cada trimestre. Não se atrasar mais para eventos, beber mais água, meditar…

Imagine fazer isso em 2025 e olhar para trás em dezembro! Que baita ano você teve!

Aqui ele explica de forma resumida: https://www.instagram.com/p/DDqKQlXSFbM/

🛠️ Piso e teto definidos – MATT VINCENT

E para não desmotivar, defina teto e piso para suas atividades diárias e recorrentes.

Confesso que fiquei em dúvida se colocaria esse ítem mas ele é muito relevante teremos ajuda a valorizar a nossa disciplina o nosso esforço a nossa determinação.

A provocação dele é que nem todos os dias seu melhor será o mesmo. Seus dias são diferentes e manter a disciplina é sempre um grande desafio.

Se você se programou para ler três capítulos por dia todos os dias, mas naquele dia conseguir, um capítulo completo lido pode considerar a tarefa feita. O melhor possivel, com foco, naquele dia. Se não der para passar os 90 minutos da rotina completa da academia, 20 minutos de treino de alta intensidade bem feitos naquele dia pode ser considerando como feito.

Definir piso e teto ajuda a manter o foco e a motivação.

Dá uma olhada no que ele fala: https://www.instagram.com/p/C-vQGl3Ifg6/

⏱️ Ordem natural das coisas – JAGGI VASUDEV

Jamais esqueça a ordem natural das coisas: ser, fazer, ter.

Se começamos pelo desejo de possuir algo sem prestarmos atenção no que somos, a chance de falha ou frustração é bem grande. A posse é uma possível consequência das suas ações e da sua essência.

Então, quem você é, no que acredita, quais seus valores, como se relaciona com as pessoas e com o mundo. Depois, quais são as ações em que tem colocado energia na busca do seu crescimento, pessoal, profissional, emocional…

Coloque energia e disciplina nas suas ações que os seus objetivos virão. Mas primeiro tem que suar.

Aqui tem um corte da fala dele: https://www.instagram.com/reel/Cv4z6oPNRs6/

🪣 5 baldes – STEVEN BARTLETT

Uso o conceito de 5 BALDES do STEVEN BARTLETT, para colocar foco no meu desenvolvimento.

ele sugere que devemos tratar de encher cinco baldes par alcançarmos nossos objetivos:

CONHECIMENTO – busque desenvolver conhecimento nas mais diversas áreas. Entenda sobre relações humanas, como as coisas funcionam, curiosidades do mundo dos negócios, saúde, alimentação, amenidades… Quanto mais conhecimento tiver, mais fácil será construir a sua opinião sobre algo e se relacionar com as pessoas.

HABILIDADE – Aprenda novas habilidades o tempo todo. O mercado, a tecnologia, os produtos, os serviços e as pessoas mudam constantemente. A habilidade de aprender a aprender fará muita diferença para atuar neste novo cenário.

RELACIONAMENTOS – Nos negócios, assim como tudo na vida e no mundo, é feito de gente. Desenvolva relacionamentos verdadeiros e leves, sem interesses imediatos e com uma curiosidade genuína em conhecer a pessoa ee desenvolver a relação.

RECURSOS – Steven batler considera recursos tudo o que você precisa para desenvolver algo. Insumos, conhecimento, acesso, dinheiro… É importante têlos à mão e usar com sabedoria sempre que necessário.

REPUTAÇÃO – É o que as pessoas relevantes pensam sobre você. Esta é a definição dele e que faz muito sentido. O importante é que as pessoas relevantes saibam quem você é e como você contribui, como você pode agregar em conversas, relações, iniciativas e projetos.

Aqui tem mais um pouco do conceito: https://www.youtube.com/watch?v=hbApX0S7wHQ

🌀 Onde você é local – Taiya Selasi

Este conceito me fez refletir muito e vale para cada dia e cada conversa da sua vida! Tainá Selazi propõe uma forma diferente de se identificar em vez de falar de onde você é ela propõe uma visão multifacetada perguntando onde você é local. Afinal muito provavelmente você nasceu num lugar, se mudou para outro, conviveu com culturas diferentes e participou de muitas atividades que moldaram quem você é.

Ela propõe que você se identifique onde você é local por meio de três pilares: rituais relacionamentos e restrições.

Pense em seus rituais diários como seu café da manhã, sua fé, suas relações. Eles foram herdados da sua família ou absorvidos por onde viveu. Estar em lugares com rituais similares lhe farão sentir local.

Os relacionamentos, pessoas com quem você fala recorrentemente, pessoas que moldam os seus dias e suas experiências emocionais. Pessoas com atitude e cultura similares às das com quem convivem lhe passarão uma sensação de acolhimento.

As restrições são sobre aceitar ou não viver em determinadas condições em determinado ambiente. Onde você viveria? Seu passaporte, a cidade onde mora, inflação, violência, política, racismo… Onde está agora versus por que não está “lá”.

“Historia é real, a cultura, mas os paises foram criados. Como posso vir de um país? Como um ser humano pode vir de um conceito?”

Ouça o TED completo dela: https://www.ted.com/talks/taiye_selasi_don_t_ask_where_i_m_from_ask_where_i_m_a_local?lng=pt-br&geo=pt-br&subtitle=pt-br

🎡Móbile de Valor – ALESSANDRO SAADE

Por fim, momento merchant, sempre uso o Móbile de Valor da Jornada dos Cumpulsivos.

Apesar de feito para ajudá-lo a fundamentar a sua negociação, pode tabém ser usado para sustentar a estratégia.

É dividido em tempo, complexidade, qualidade e preço e no planejamento me ajuda a medir o esforço necessário a cada ano para alcançar meus objetivos.

PREÇO – é a contrapartida, o investimento necessário para se ter acesso ou posse de algo. É sempre relativizado percepção e pela necessidade.

COMPLEXIDADE – é o trabalho, o esforço necessário para entregar (ou receber) o produto ou serviço. Ou projeto.

QUALIDADE – é o padrão definido ou negociado para o que se deseja. Não tem melhor ou pior. É uma convenção feita no início da conversa ou do planejamento. Peço o que preciso e da forma que preciso.

TEMPO – o bem mais valioso da atualidade, é o quanto destinará do seu tempo para entregar ou alcançar aquele produto, serviço ou objetivo.

Aqui você baixa a Jornada Completa: https://drive.google.com/file/d/1QPzFLemrTfp-DoHyCCGGvurlo-mcVEK5/view

🖊️ ESCREVA A CANETA

Comecei o primeiro Radar do Saade do ano falando sobre a oportunidade que recebemos de buscar fazer hoje melhor que ontem. A cada novo ano recebemos um caderno em branco com 365 páginas e uma caneta, para escrevermos um novo capítulo, uma página por dia de nossas vidas.

Não esqueça de sempre escrever a caneta. Não apague do seu caderno os seus erros. Destaque-os, aprenda com eles e não os repita. E compartilhe com outras pessoas, para que não errem onde errou. Compartilhe suas cicatrizes.

Bora fazer um 2025 incrível?!

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E lá se foi o maior comunicador do país!

No fim de semana a notícia da morte do Silvio Santos me levou a uma reflexão.

Sempre admirei seu trabalho como empreendedor, comunicador, empresário, cidadão, entre outras características. Uma pessoa Determinada e objetiva, Sem deixar de ser empática e curiosa.

Sua vida está diretamente ligada a televisão brasileira, e muito do que existe hoje na TV é fruto de sua visão criativa e provocadora.

Por ter meu programa de rádio e projetos de fomento empreendedorismo cheguei a me reunir algumas vezes com executivos do SBT, mas infelizmente nunca tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.

Então, como forma de homenageá-lo, decidi listar aqui algumas características e conquistas deste ser humano especial, para inspirar empreendedores dos mais diversos segmentos.

EMPRENDEDOR NATO
Testava antes, errava rápido e pequeno, aprendia e consertava.
Quem já não se surpreendeu com a saída de programas da grade do SBT sem aviso prévio, no meio da temporada?

DESBRAVADOR CORAJOSO
Primeiro artista popular a conseguir uma concessão de tv no país. Comprou uma concessão, ganho outra e construiu uma rede, conquistando o Brasil.

INOVADOR ANTENADO
Das vendas de capa de título de eleitor, passando pelo entretenimento nas barcas do Rio, trabalhando na rádio e na tv, até o baú da felicidade e o pograma casa dos artistas.
Percebia uma necessidade ou ou se inspirava numa solução existente, confiante que poderia fazer melhor ou diferente.

LÍDER ADMIRADO
Objetivo, direto, respeitoso, ético. Sempre honrou sua palavra e até colocou seu patrimônio pessoal a disposição quando foi identificado um esquema fraudulento criado por alguns diretores do Banco Panamerocano, empresa do Grupo Silvio Santos.

EMPRESÁRIO VISIONÁRIO
Rede de televisão, teatro, empresa de títulos de capitalização, hotel, cosméticos, banco…
Sempre criou produtos e serviços integrados ao seu p[ublico e negócios já existentes.

CIDADÃO GENEROSO
Ajudava a muitos artistas não só com emprego, mas com sua visão e sensibilidade artística, além de doar um dia inteiro de programação para a AACD.

COMUNICADOR: ARTISTA HABILIDOSO
Inspirou centenas de artistas e criou um formato até hoje copiado de entretenimento e negócios, com habilidade única de estabelecer conexão com a audiência no auditório e nas residências.

RIP Silvio Santos. Obrigado pelo legado.

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Só aceitamos cheque ou dinheiro. (Em pleno 2024!!)

Só aceitamos cheque ou dinheiro: Empresas que não seguem evoluindo e se adaptando penalizam o cliente e os colaboradores.

No domingo, fim do feriado prolongado de maio, fiz uma viagem de São Paulo a Araraquara com minha filha. Ela veio passar o feriado conosco e retornava para Araraquara, onde estuda.

Estávamos num carro sem o tag que permite a passagem sem a necessidade de parar a cada praça de pedágio para o pagamento. Curiosamente, era a primeira fez que fazíamos este trajeto dessa forma.

Tudo ia bem até entrarmos na rodovia Washington Luis, e chegarmos nos o pedágio de Rio Claro da Operadora EixoSP.

Todo animado, já aproximei meu celular da janela do guichê para pagar o pedágio quando ouvi a seguinte frase:

-Senhor, não aceitamos cartões. Somente dinheiro ou cheque.

-Oi? Cheque?

Há anos não ouvia esta palavra. E há decadas não vejo um cheque. Argumentei com a atendente se não poderia emitir uma guia de pagamento ou me fornecer dados bancários para que fizesse o pagamento, sem sucesso.

– Mas o senhor pode pagar na volta se voltar em 72hs

-Senhora, o carro vai ficar na cidade e retornarei de ônibus. Acho difícil o motorista parar aqui e esperar que eu faça o pagamento.

– O senhor não tem um amigo?

-Tenho, senhora. E muitos! Mas nenhum deles vai passar por aqui nas próximas 72hs.

Mas não acaba aí. Ainda pode piorar rsrs

– O senhor está vendo aquela fila voltando? Aquele congestionamento enorme? São pessoas pagando na volta o pedágio que não conseguiram pagar na ida. Assim como o senhor.

-Mas senhora, não faz sentido! Não tem outra forma?

-Não tem não. E dá um super trabalho pra gente achar a placa do carro na planilha, avisar à central e pedir a baixa…

Esta mesma conversa aconteceu nos pedágios de Rio Claro e de Itirapina. Pedágio sem pagar é evasão de praça de pedágio, multa gravíssima com cinco pontos na carteira e 190,00 de multa. Duas vezes!

Já em São Paulo, na segunda, ligo para o 0800 da concessionária:

– O senhor não tem noção de quantas ligações atendemos. E o senhor, pelo menos, é educado.

-Mas senhora, concorda que é um absurdo o trabalho desnecessário criado pelo fato de não aceitarem outra forma de pagamento? A concessionária está no século passado.

– Eu sei. E não tem previsão alguma de mudar. Mas… o senhor pode pedir a extensão do prazo de pagamento, para não receber as multas.

Para encurtar a história, no outro sábado achei um motoboy em Rio Claro para fazer o serviço. Me informou na hora o valor e uma estimativa de tempo, pedindo 40% do valor antecipado.

Paguei, achando que perderia o dinheiro. Um minuto depois do comprovante de pix enviado, recebi um link compartilhando a localização e acompanhei todo o serviço, recebendo foto dos comprovantes após pagamento. Terminado o serviço transferi a diferença com mais uma gorjeta, parabenizando pela eficiência e competência. Só então me disse que faz de duas a quatro corridas dessas toda semana!

Fechando:

Qual a experiência do motorista que passa sem o tag de passagem automática? Desde não aceitar dinheiro até toda a ginástica e custo adicional para pagar posteriormente.

Qual a experiência do colaborador dos guichês do pedágio e dos atendentes do call center da concessionária, que vivem no “Dia da Marmota”, como no filme, acordando e vivenciando todos os dias as mesmas situações? E ruins!

E qual a experiência de quem contrata o motoboy de Rio Claro, que tem atendimento transparente e impecável?

Tenho certeza que se não fosse um caminho obrigatório e o serviço não fosse uma concessão, a empresa já teria quebrado. Mas ainda dá tempo….

Pense nisso ao estruturar os processos e o atendimento do seu negócio.

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Saiu a nova edição do Índice Muçarela, que mede o custo de vida em São Paulo comparando o preço da pizza entre os bairros.

O amigo e fera de educação empreendedora Caio Flavio Stettiner, Ph.D. compartilhou comigo a matéria que traz o mais recente resultado do Índice Muçarela, um levantamento da Fatec Sebrae com o Sebrae, medindo a relação da pizza de muçarela com o poder aquisitivo dos moradores das diversas regiões da cidade de São Paulo.

Inspirado no Big Mc Currency da revista britânica TheEconomist Newspaper Limited comparando o preço do sanduíche nos diversos países onde a rede norteamericana opera.

É um belo exercício de economia, sociologia e marketing.

E inspiração para empreendedores como fonte de dados ao analisar um determinado recorte do mercado.

Vale a leitura. Clique aqui.

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Imagem: Foto de Ivan Torres na Unsplash

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#DicaDoCompulsivo – Podcast The Entrepreneur’s Studio

A Dica do Compulsivo de hoje surgiu da caminhada de ontem rs

Sempre ouço um podcast que não está no meu radar quando caminho. Algo que nunca ouvi ou há muito tempo não ouvia.

A dica para o fim de semana é um episódio do Podcast The Entrepreneur’s Studio. Uma verdadeira aula de liderança, inconformismo, simplicidade e atitude empreendedora, com Will Guidara e seu conceito de Unreasonable Hospitality, ou Hospitalidade Irracional, numa tradução livre.

Vale ouvir e anotar. Tem insights o tempo todo!
E depois me conta o que achou!

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Reflexões sobre um ano intenso

2023 está chegando ao fim. Talvez o ano mais intenso que já tinha vivido!

Pensei em compartilhar um balanço do que vivenciei nas minhas “diversas identidades”, como todos nós temos.

Perdi meu pai.

Tive um episódio de Paralisia de Bell que deixou meu rosto parcialmente paralisado.

Meu filho passou no vestibular e começou na faculdade. Duas vezes.

Minha filha começou seu estágio na faculdade, assumiu trabalhos voluntários e apertou sua agenda.

Minha esposa caminha para terminar sua segunda graduação e segue com seu trabalho com desorganizados crônicos e seu propósito de juntar pessoas e engajá-las em causas.

Fiz 25 anos de casado comemorando uma linda jornada de cumplicidade e de aprendizados

Alcançamos resultados incríveis no Espro, tanto em impacto social, como na aprendizagem, em projetos com empresas e na sustentabilidade da entidade.

Segui com a minha operação gastrite atendendo, em mentoria pro bono, empreendedores que precisam de orientação para decidirem caminhos para seus negócios.

Segui também com a minha missão de contribuir para o desenvolvimento das pessoas por meio da inclusão produtiva, seja através do primeiro emprego dos nossos aprendizes no Espro, seja pelo fomento empreendedorismo dos negócios de pequeno porte em nosso país, pelos empreendedores compulsivos, fazendo palestras, workshops e compartilhando dicas e cicatrizes, pelas redes sociais.

Mas talvez o fato mais importante tenha sido a percepção de que é mais urgente e está mais próximo, e em nossas mãos, a obrigação da realização de um novo contrato social.

Há muito tempo conversamos sobre novos caminhos no equilíbrio entre sociedade e negócios. Lembro de discutir em 1998, com meus alunos do MBA da ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing, sobre a dificuldade do Reino Unido manter o seu admirado “estado de bem estar social” – welfare state – assim como os países mais ricos enfrentavam dificuldades com suas equações no cálculo da aposentadoria de uma população que vivia, e ainda vive, cada vez mais.

O capitalismo sem freio aumentava as desigualdades e iniciativas socialistas aumentavam o custo do estado a valores insustentáveis. Ambas as iniciativas falharam ao se apresentarem como modelo ideal de contrato de sociedade que se perpetuasse no tempo.

Neste ambiente surge Antony Giddens e sua A terceira via”, título do livro e do estudo que propunha um equilíbrio entre os dois mundos, na época, defendido por Clinton, Tony Blair e FHC, que infelizmente também não prosperou.

Mais recentemente, a economista Minouche Shafik traz em seu livro “Cuidar Uns Dos Outros: Um Novo Contrato Social”, uma análise muito coerente de novos caminhos. Recomendo fortemente a leitura.

Os aprendizados da pandemia reiteraram que estamos numa sociedade extremamente desigual mas, principalmente, ampliaram as distâncias e as desigualdades.

Ao recordar estes  últimos cinco anos, ao mesmo tempo que faço uma reflexão muito positiva do caminho que estamos traçando, compartilho uma angústia crescente da necessidade de aumentar o volume e a profundidade do impacto social que gere autonomia e autoconfiança.

Depende de cada um de nós e lhe convido agora, já, para fazer parte desta transformação. Afinal, a vida é feita de relações. De gente com gente. Sempre.

Bora?

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É sempre uma interação com o ambiente…

… cabe a cada gestor fazer a leitura e ter a coragem de tomar a decisão.

O Radar do Saade está de volta, depois de uma parada forçada para cuidar da saúde e recarregar as baterias. Boralá!

Sou um otimista inveterado. Confesso que às vezes isso incomoda as pessoas. Mas me policio para não passar dos limites rs

Neste retorno, gostaria de falar sobre análise de cenário, coragem para mudar e senso de oportunidade.

Vamos falar sobre diferentes estratégias e modelos de negócio e peguei o mercado de livros para servir de pano de fundo. Mas poderia ser qualquer outro.

Na mesma semana em que a livraria norte-americana Barnes & Nobles anuncia a abertura de mais uma loja nos Estados Unidos, a Justiça de São Paulo decreta a falência da Livraria Saraiva.

Na mesma reflexão podemos incluir a brasileira Livraria Cultura; a norte-americana Amazon, que, lembre, começou como livraria online; a francesa Librairie des Puf (Presses Universitaires de France) e a cafeteria Por um Punhado de Dólares, em São Paulo, que abriga uma livraria.

Diferentes estratégias, diferentes modelos de negócios, diferentes públicos, diferentes resultados, um mesmo objetivo: conquistar o consumidor e perpetuar o negócio.

Assim como a Saraiva, a Cultura fechou as suas portas por dificuldades agravadas na pandemia, para manter o modelo de negócio de megalojas e espaço de conveniência e consumo, com cafeterias, espaços de leitura e auditórios dentro de suas instalações. Coincidentemente o mesmo modelo da Barnes & Nobles, que recuperou o crescimento após sete anos seguidos de prejuízo.

Com o novo CEO, James Daunt – vindo de um vitorioso processo de virada na rede de livrarias britânica Waterstones – a livraria norte-americana entrou nos trilhos. Na sua visão, as lojas devem ter muita autonomia, para criar uma conexão com a comunidade onde está instalada. Livros, eventos, espaços. Inclusive abrindo mão de incentivos recebidos das editoras para a promoção de determinados títulos. E assim redesenhou a estratégia, com mais autonomia e poder nas pontas.

A Librarie des Puf não tem estoque e imprime o exemplar na hora, super rápido, enquanto o cliente saboreia um café ou passa os olhos em outros exemplares do “mostuário”. Já o Por Um Punhado de Dólares, aproveitou a conexão com seu público e estendeu seu portfolio, gerando uma forte conexão. Em menos escala, é exatamente a estratégia da Barnes & Nobles.

Se trocarmos as livrarias por padarias, oficinas mecânicas, farmácias, a leitura seria a mesma: o desafio da gestão do negócio consiste na análise de cenário, coragem para mudar e senso de oportunidade.

Independente do segmento, o ambiente sempre muda. É importante ficar atento à determinadas variáveis, determinados indicadores, que sinalizam o início da mudança do ambiente, e alimenta a análise da necessidade de mudança.

Com a necessidade de mudança validada, é necessário mudar a estratégia para alinhar o negócio ao novo cenário. Mas será que o empreendedor tem a coragem para mudar?

Mais ainda, as mudanças no mercado podem trazer oportunidades junto com as ameaças. É importante, ao ler o cenário, perceber as oportunidades que surgem, seja para pivotar uma operação, lançar ou descontinuar um produto ou serviço, investir no momento de incerteza para estar pronto quando a ameaça passar.

Seu modelo mental segue desta forma? Acredita que é importante ter atitude empreendedora? Entende que o erro é parte do acerto?

Para ilustrar, compartilho um episódio do Podcast dos Compulsivos, onde, junto com o Luiz Felipe Pateo, entrevistamos o Marcello Lage, fundador do Formaggio Mineiro, eleito o melhor pão de queijo gourmet do país. Definitivamente, não foi uma linha reta.

Também recomendo a leitura da edição de fevereiro do Radar do Saade, falando de empresas que cresceram e produtos que nasceram da adiversidade.

De novo, análise de cenário, coragem para mudar e senso de oportunidade.

Um não funciona sem o outro. E nunca será uma decisão fácil. Mesmo perdendo o jogo, o ser humano não lida muito bem com mudanças.

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ESG: O limite nos negócios é determinado pela ética, não pelo lucro. E você é corresponsável, mesmo sendo “apenas” consumidor.

Fomos impactados com mais uma denúncia de trabalho escravo em ação dos Auditores Fiscais do Trabalho. Desta vez não foi uma olaria no interior do nordeste ou uma confecção no interior de São Paulo.

Foram duas das maiores produtoras de bebidas do país, e mais uma grande cooperativa do segmento vitivinículo. Salton, Aurora e Garibaldi passam a integrar uma longa lista de grandes empresas, que na busca por economia e eficiência, abrem mão do processo produtivo e, sem poder, abrem mão do controle da sua cadeia produtiva. 

Parto sempre da presunção de inocência, mas sem de forma alguma, isentar da responsabilidade. Juridicamente, se culposo ou doloso, ambos são responsáveis, em maior ou menor medida.

Entretanto, como executivo e gestor, entendo ser muito difícil o gestor de uma empresa não saber do que acontece ao contratar empresas terceirizadas para cuidarem de uma das fases mais importantes do seu negócio: a colheita da uva.

Mais ainda no caso da Salton. Seu recorde de faturamento no ano passado, 500 milhões de reais e a arrojada meta de faturar 1 bilhão de reais em 2030 não condizem com práticas como as descobertas na semana passada, com trabalho análogo à escravidão praticado por uma empresa terceirizada.

A sociedade saiu em resposta ao fato, exigindo explicações e agindo de forma preventiva. Entre outras ações, por exemplo, Salton, Aurora e Garibaldi foram suspensas da APEXBrasil, órgão governamental que cuida das promoções às exportações brasileiras, perdendo todo e qualquer suporte às atividades de promoção, vendas e exportação de seus produtos.

Infelizmente isso é bem mais recorrente do que deveria e do que acompanhamos. O mundo tem hoje cerca de 27 milhões de escravos, sendo mais da metade deles, 18 milhões, composto por crianças! O dado é de um levantamento da Slavery Footprint, entidade que monitora o tema globalmente.

Fiz um breve levantamento dos últimos 15 anos, de grandes marcas globais envolvidas neste tipo de escândalo, sempre com a característica de estar terceirizando sua produção para um país ou região onde a mão de obra é mais barata, na busca de mais economia, mais lucro ou ambos.

A Apple em 2012 teve sua terceirizada chinesa Foxconn denunciada em matéria do jornal The New York Times pelo abusos contra seus empregados, desrespeito às regras de segurança, contratação de menores de idade e,  absurdamente, até a morte de alguns funcionários.

No mesmo ano, a Coca-Cola teve uma denúncia contra seu fornecedor de laranjas, para a produção da Fanta que, na Itália, trabalhava com mão de obra escrava de imigrantes africanos. A empresa norte-americana imediatamente rescindiu o contrato com a empresa e não tocou mais no assunto.

O ícone esportivo Nike, acabou se tornando sinônimo de trabalho infantil no mundo, quando em 1996 uma criança paquistanesa de 12 anos estampou a capa da revisa Time, costurando uma bola. Desde então a marca vem buscando dar mais transparência e governança aos seus processos produtivos, mas ainda recebe denúncias sobre a continuidade dos abusos contra os trabalhadores das fábricas terceirizadas.

A Hershey’s também passou por isso na compra do cacau, adquirido em grande volume da África Ocidental, região onde se situa a Costa do Marfim, recorrentemente denunciada pela Unicef e a Internacional Labor Rights Forum, por explorar o trabalho  infantil.

Até a Victoria’s Secret, em 2011 teve seu fornecedor de algodão, também da África Ocidental, denunciado por uso de mão de obra infantil, explorando crianças e impedindo que continuassem seus estudos.  A Bloomberg News em 2011 trouxe à tona uma investigação de quase dois meses, com depoimentos de jovens que sofreram este abuso. A empresa nada fez sobre o assunto, limitando-se a parar de usar o selo de ‘comércio justo’ nas etiquetas dos seus produtos.”

A marca Zara é reincidente. No Brasil temos registro em 2011 na cidade de Americana, com trabalho escravo nas confecções terceirizadas no interior do estado de São Paulo.

O conceito / modelo de negócio fast fashion, aliado a cadeias produtivas longas e terceirizadas dificultam o controle, mas de forma alguma isenta as empresas detentoras das marcas, da responsabilidade de gerenciar toda a cadeira e garantir sua transparência e governança.

Existem vários estudos sobre o tema, mas destaquei um do Núcleo do Conhecimento, que trata sobre o TRABALHO ANÁLOGO AO ESCRAVO NA INDÚSTRIA TÊXTIL BRASILEIRA.

Até as marcas de luxo entram no bolo. Na busca pela milenar habilidade de bordar dos indianos, marcas como Dior, Saint Laurent e Gucci foram denunciadas em 2020 numa matéria da revista Time, mostrando a cadeia de bordados e seus abusos contra os trabalhadores.

No Brasil o volume tem crescido. Em 2021 foram resgatados quase 2.000 pessoas em 23 estados do país. Uma rápida busca no site do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho mostra uma média de 20 matérias por mês sobre o tema, incluindo clipping, prestação de contas sobre notificações, multas, resgates e relatórios.

Podemos usar a teoria que o mercado ainda traz valores escravistas, que entende que  exploração da mão de obra é algo normal. 

Ou que a busca pela economia na produção, permite levar as fábricas para outras localidades com salários e impostos mais baixos, e uma regulamentação e fiscalização mais frouxas. 

Ou ainda que a pressão do mercado por preços mais baixos como premissa ao aumento do consumo leva as empresas a ações mais agressivas e menos éticas.

Sem uma governança clara e ativa, fica difícil impedir os abusos sobre a pessoa, sobre o social. Os valores das empresas e dos seus fundadores permeiam os negócios e suas relações. Tanto nas grandes como nas pequenas empresas, do lado corporativo estamos bem longe do caminho das pautas ESG.

Do outro lado, mesmo que você esteja indignado, sinto informar que em algum momento você consumiu, mesmo sem saber, algum produto ou serviço que tenha usado uma relação desequilibrada na relação capital / trabalho.

A questão é bem complexa e multifacetada. Muitas variáveis e interesses, pessoais e corporativos. Precisamos de uma mudança de mentalidade e de atitude para de fato interrompermos este ciclo.

Continuar indignado sempre que se deparar com fatos como este é uma forma. Mudar seus conceitos e padrões como consumidor, empreendedor e executivo é outra. E bem mais eficaz.

Não é nada fácil, mas é necessário dar o primeiro passo. E rápido.

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O varejo sempre foi complexo. Mais ainda num mundo híbrido.

Estamos todos acompanhando perplexos os desdobramentos das Lojas Americanas, que começou com uma “inconsistência nos lançamentos contábeis da ordem de 20 bilhões de reais” e já passa de 100 bilhões.

Claro que isso impacta na bolsa de valores, nos grandes varejistas, no segmento bancário, no segmento de seguros e no mercado em geral. Já temos impacto nas Lojas Renner, Tok & Stock, Marisa.

Com certeza, você comprou ovo de páscoa em algum momento da sua vida nas Americanas. O preço era sempre matador. Ou talvez, criando uma neologia, “suicidador”.

Prazos de pagamento extremamente alongados, pressionando os seus fornecedores de todos os tamanhos era uma prática comum da empresa. Isso pode ter contribuído para esse “não lançamento” de obrigações.

Mas quero apenas pegar o gancho do momento atual para trazer uma visão ao longo do tempo.

O famoso Carnê do Baú da Felicidade, iniciativa do brilhante Silvio Santos para cobrar antecipado e parcelado, injetando recursos em suas empresas era algo único. As pessoas compravam os carnês e aguardavam, todo domingo, o sorteio dos números contemplados, que poderiam resgatar seus eletrodomésticos, móveis, eletrônicos e demais produtos para a sua casa. E com sorteio toda semana, era preciso manter o pagamento em dia. Outra sacada genial para evitar a inadimplência.

Era década de 1960, com elevada inflação e a pouca oferta de crédito para bens de consumo faziam do carnê uma das poucas, ou a única forma de acesso a esses bens para as classes C e D. O carisma do Silvio Santos, seu garoto-propaganda, e uma enorme capilarização na oferta, fez com que crescesse rapidamente e acabou criando uma simbiose :  O carnê fazia a TV crescer e a TV aumentava as vendas do Carnê do Baú. Credibilidade e prestação de contas dominicais, fizeram do produto uma mina de ouro.

Além da TV, verdadeiras blitzes aconteciam pelos bairros, onde se estacionava as kombis do Baú e de dentro delas saia um exército de vendedores, abordando cada residência, demonstrando o produto que vendia sonhos a longo prazo. Pagava-se a prestação mensalmente e todo domingo sonhava-se com o sorteio, que daria direito ao usufruto do bem. Semanas, meses, anos e décadas se passaram com o mesmo frisson e expectativas todos os domingos. E no final do carnê ainda podiam resgatar o valor pago em produtos!

Com a estabilização da economia as Casas Bahia acabaram com o carnê do Baú. Trouxeram a mesma mecânica, de um carnê com pagamento mensal, mas sem precisar esperar. Faz o carnê e já leva o produto no começo, sem precisar esperar. Foi catastrófico para o Baú. Matou o negócio, mesmo tendo tentado redesenhar o modelo.

Bem, o tempo passou, a moeda estabilizou, novas marcas e produtos apareceram e o dinheiro ficou mais barato e acessível. A somatória desses e de outros fatores começaram a ruir a base de sustentação do modelo de negócio do grupo Silvio Santos.

Nesse mesmo período, a habilidade de negociar com seus fornecedores, a agressividade na abertura de novas lojas e a continuidade massificada de anúncios fez com que as Casas Bahia ocupassem o mesmo espaço do baú, só que entregando o bem junto com a primeira parcela. Se por um lado elimina o prazer da expectativa e da torcida, por outro permite-se o usufruto imediato do bem tão desejado.

E as Casas Bahia ainda incorporaram outras tendências mercadológicas ao modelo. Patrocínio de eventos para diversas idades e perfis de públicos, além do desenvolvimento de ambientes temáticos como a Super Casas Bahia, que permite o acesso às tendências e a experiência de consumo completa, incentivaram mais o consumo imediato. 

O mesmo aconteceu nos Estados Unidos, com a rede varejista de eletroeletrônicos Radio Shack. Referência no segmento, perdeu relevância e praticamente desapareceu. Agora busca se reinventar. 

Ação diferente da Best Buy rede do mesmo segmento. Perceberam uma queda no volume de vendas, mesmo com as lojas cada vez mais cheias. Entenderam que as pessoas experimentavam e escolhiam os produtos nas suas lojas e voltavam para casa para comprar pela internet pelo menor preço.

Passaram a cobrar dos fabricantes de produtos pelo espaço da loja, criando espaços exclusivos de experiência entre os clientes e as marcas, aumentando sua receita e garantindo o acesso às lojas como forma de gerar vendas complementares. E claro, passaram a vender online.

Fato irreversível é que essa geração é a geração da experimentação, da vivência e do test drive. Querem experimentar, tocar, ouvir, ligar, mexer, montar…. Tudo isso antes mesmo de comprar.

Economia, tecnologia, cultura, hábitos de consumo, valores pessoais… Tudo isso compõe o mosaico que influencia o mercado de consumo. Definitivamente, não é para amadores. Às vezes nem para especialistas.

Fique atento.

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Você só é reconhecido em público pelo que pratica com determinação quando as pessoas não estão vendo.

Semana passada, Lebron James superou a marca de maior pontuador da história da NBA, que pertencia há 38 anos a Kareem Abdul-Jabbar

Ok, você pode não gostar de basquete, não entender, não acompanhar… Mas se estava no Planeta Terra na semana passada, em algum momento você foi impactado pela informação.

Além de admirar o esporte, joguei basquete ininterruptamente por 10 anos da minha vida, competindo em campeonatos federados e estudantis, estaduais e nacionais. Senti e sei do esforço necessário para se competir. É necessário muito treino, resiliência, determinação, para passar pelas derrotas, frustrações, lesões ….

Quanto melhor você joga, maior a cobrança, maior a necessidade de treino. Nunca acaba. Só aumenta. E isso só engrandece a conquista da semana.

Com o tempo o treino muda, fica menos tático, mais estratégico. O físico muda de função, o equilíbrio emocional assume mais importância, a experiência faz toda a diferença.

Naturalmente me remete ao livro Outliers, de Malcolm Gladwell, que apresenta a teoria das 10.000 horas de prática que separam os prodígios dos mortais. Tão ou mais importante que o talento, é a sua determinação e a oportunidade de praticar, praticar, praticar, na busca da perfeição.

Você já teve a sensação de fazer algo de forma natural, instintiva, sem esforço? Repetir diversas vezes aquela receita de bolo que todos elogiam. Tocar um instrumento sem se preocupar em olhar se a mão está fazendo o acorde correto. Olhar para um cenário e a compreensão dele pular na sua frente, de forma natural e espontânea. 

Tudo vem da prática, do desejo de fazer, da determinação de seguir em frente.

E claro, trago a lembrança de outro livro, este do Ram Charam, Execução. Afinal, tão importante quanto planejar, é entregar. E muitos de nós patinamos neste momento.

Traçando um paralelo entre a vida corporativa e a vida esportiva, a cada novo campeonato as estratégias são ajustadas, os times são recompostos, jogadores mudam de uniforme e de lado, novatos aparecem e veteranos se despedem ou traçam novos caminhos, fora das quadras.

Empresas lançam novos produtos e serviços, adequam sua estratégia ao novo cenário, trazem reforços para o time, descontinuam unidades, avançam em novos mercados, celebram novas parcerias e encerram outras.

O que você e sua empresa fizeram na virada de ano? Para onde a sua estratégia vai lhe levar? Você possui indicadores para acompanhar a execução e ajustar, caso necessário? Até agora, está indo bem? Percorremos 12,5% do ano! Já parou para pensar nisso?

Voltando para o basquete, mas continuando com o negócio, o recorde da semana passada, com certeza, venderá mais camisas amarelas número seis do Lakers, venderá mais ingressos, aumentará os frequentadores dos bares nos dias de jogo, venderá mais bolas de basquete, levará mais pessoas aos parques com quadras nos fins de semana, enfim, aquecerá, mais ainda, um mercado que já é enorme no mundo! 

Para fechar a nossa conversa gostaria de comentar a beleza e a sutileza do momento exato da conversão da cesta que quebra o recorde: Na imagem icônica registrada por Andrew D. Bernstei (NBAE / Getty Images), enquanto o ginásio inteiro apontava seus celulares para eternizar o arremesso, Phil Knight, fundador da Nike, patrocinadora do atleta há 20 anos, saboreava a o momento, na primeira fila, com as mãos e os olhos livres, vivendo e eternizando o momento que ele, de alguma forma, contribuiu para que ocorresse. Basta olhar para os números da Nike e perceber que ele, Phil Knight,  assim como Lebron James, é um superador de recordes.

Congrats, King james!