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Carta aberta de Gratidão a São Paulo

Querida São Paulo,

Sempre próximo do seu aniversário eu comemoro e agradeço o meu aniversário de SP!

Então decidi reeditar uma carta que escrevi há alguns anos para você, nos seus 469 anos agradecendo por me acolher tão bem desde o primeiro dia.

Vir para São Paulo na maioria das vezes é uma escolha natural, um chamado, uma atração. E sempre somos acolhidos de forma generosa e desafiadora, grandiosa e detalhista, intensa e delicada.

Foi uma escolha natural de morar, viver e empreender na cidade mais cosmopolita do continente, numa das maiores e mais globalizadas cidades do mundo. E falo com experiência de quem, a trabalho ou a passeio, já respirou os ares de grandes metrópoles, como Londres, Milão, Paris, Genebra, Nova Iorque, São Francisco, Chicago.

Mais da metade da minha vida passei aqui: 31 em seus metrôs, taxis, bicicletas, prédios, monumentos, parques, eventos. Negócios inovadores, tradição protegida, convergência de povos e culturas, produtos de luxo, ofertas para a massa. Conflitante e convergente, fria e emotiva, acolhedora e implacável.

Somos obrigados a aprender rapidamente o seu ritmo, e a perceber seus delicados caprichos. Tenho certeza que os “novos paulistanos” que para cá vieram, assim como o fizeram por opção consciente, com ou sem plano, mas com certeza da acolhida e da prosperidade.

Mesmo com o frio na barriga, o medo do desconhecido, mesmo com muito esforço e dificuldade, é certo o impacto da sua grandiosidade. Nos sustentamos na confiança da nossa competência e no nosso potencial. E quando a vontade com competência encontra as oportunidades que você nos oferece, a mágica acontece.

Aprendi, com muitas cicatrizes, que ninguém faz nada sozinho. Que uma boa rede é poderosa e cuidadosa.

Assim como a cidade me acolheu, fui acolhido e ajudado por inúmeras pessoas, extremamente generosas, que me ensinaram a viver nesta cidade, a crescer profissionalmente, abrindo portas, me apresentando a outras pessoas, me oferecendo oportunidades e desafios. A todas elas, e foram muitas, sou extremamente grato.

Desde 2019, quando passei a integrar o Time Espro, pude perceber mais claramente as desigualdades desta cidade, aumentando a responsabilidade e o empenho de transformar a sociedade por meio da educação empreendedora e agora, também pela formação para o mundo do trabalho.

Muito obrigado São Paulo, por me acolher, me desafiar, me ensinar. Por não me mostrar o caminho, mas permitir que eu criasse o meu, deixando as minhas pequenas marcas, as minhas singelas contribuições, para que você continue fazendo o que faz de melhor: acolher e desafiar os que aqui vivem.

Termino acrescentando mais um ítem na minha história, de brasileiro, capixaba, descendente de libaneses, empreendedor compulsivo, executivo, professor, aprendiz e apaixonado por São Paulo e tudo que ela proporciona.

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A saída para a diminuição da desigualdade social passa pela tributação dos mais ricos?

Nesta semana grande parte da população do planeta direciona os olhos para uma pequena 𝗰𝗼𝗺𝘂𝗻𝗮 suíça com menos de 12 mil habitantes.

Acontece mais um encontro em Davos, do World Economic Forum com líderes mundiais trazendo muitas provocações, projetos e propostas. Inclusive no canal do WEF você consegue assistir ao vivo as reuniões principais. #recomendo.

Quero aqui, trazer uma das 𝗽𝗿𝗼𝘃𝗼𝗰𝗮çõ𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗶𝗿𝗰𝘂𝗹𝗮𝗺 𝗽𝗼𝗿 𝗹á, proposta pela ONG Oxfam, de origem britânica e com atuação no Brasil: 𝗮 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝗱𝗲 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲𝘀 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘂𝗻𝗮, como forma de acelerar a diminuição do abismo social que se ampliou durante a pandemia em todo o mundo, inclusive em nosso país, infelizmente.

𝗔 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗲𝗻𝘁𝗿𝗮çã𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲𝘇𝗮 𝗻𝗼𝘀 𝟭% 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗿𝗶𝗰𝗼 𝗱𝗮 𝗽𝗼𝗽𝘂𝗹𝗮çã𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗶𝗮𝗹 𝗰𝗿𝗲𝘀𝗰𝗲𝘂 𝗱𝘂𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗮 𝗽𝗮𝗻𝗱𝗲𝗺𝗶𝗮, 𝗻𝗮 𝗱𝗶𝗿𝗲çã𝗼 𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗴𝗿𝗮𝗻𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗶𝗮 𝗿𝗲𝘀𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼.

Este mesmo cenário deflagrou múltiplas crises – fome, saúde, economia / mercado de trabalho, educação – que juntas, afastam mais ainda qualquer possibilidade de recuperação.

𝗔 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗮 𝗢𝘅𝗳𝗮𝗺 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗲 𝗻𝗮 𝗱𝗶𝗿𝗲çã𝗼 𝗱𝗼 𝗮𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗿𝗲𝗻𝗱𝗮, 𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝗮𝗹, 𝗹𝘂𝗰𝗿𝗼𝘀 𝗶𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗲 𝗮𝘁é 𝗮 𝗽𝗼𝗹ê𝗺𝗶𝗰𝗮 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝘁𝗿𝗶𝗯𝘂𝘁𝗮çã𝗼 𝗮𝗻𝘂𝗮𝗹 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗼 𝘃𝗮𝗹𝗼𝗿 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘃𝗲𝘀𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲𝗺 𝗮çõ𝗲𝘀, 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗻ã𝗼 𝗿𝗲𝘀𝗴𝗮𝘁𝗮𝗱𝗼𝘀. Como uma tributação sobre a “marcação a mercado”, sobre um valor apenas referencial e não circulante. Aqui vejo problemas pois as aplicações financeiras são uma via de mão dupla entre lucro e prejuízo. 𝗕𝗮𝘀𝘁𝗮 𝗹𝗲𝗺𝗯𝗿𝗮𝗿 𝗼 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗲 𝗶𝗻𝗮𝗰𝗮𝗯𝗮𝗱𝗼 𝗰𝗮𝘀𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝗔𝗺𝗲𝗿𝗶𝗰𝗮𝗻𝗮𝘀.

Independente da polêmica, é fato que algo deve ser feito para redistribuir os recursos e garantir a possibilidade de recuperação global das populações com menos oportunidades e privilégios.

Se taxar os extremamente ricos pode mudar os rumos da década, não sei afirmar. Mas é um caminho que faz muito sentido para mim.

Para saber mais, recomendo a leitura da matéria do Nexo Jornal.

Ah… se ficou curioso com o primeiro parágrafo, dê uma googada no que é comuna.

#wef23 #economia #inclusão #esg #politicaspublicas #tributação #wef #davos #social #falasaade

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Tentando explicar porque os Três Poderes foram atacados pelo Quarto e Quinto Poderes

Fiquem tranquilos.

Não é uma newsletter sobre política. É sobre comunicação, influência e seus resultados.

Preciso apenas dar uma rápida contextualizada antes de desenvolver a minha provocação de hoje.

Estamos acostumados ao termo Três Poderes, para identificar a atuação pública do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Está no nosso vocabulário e temos uma imagem do que são, apesar de poucos de nós se preocupar em entender com mais clareza e profundidade como os três funcionam. Fica a dica.

Claro que em algumas situações este cenário equilibrado deixa de existir. Em regimes totalitários, como em alguns países da América Latina, ou teocráticos, como vimos em alguns países árabes, os Poderes Legislativo e Judiciário são fortemente influenciados ou mesmo exercidos pelo Poder Executivo. Mas este é um desvio da democracia moderna, que prevê o equilíbrio e a isenção entre os poderes, extremamente estruturados, regulamentados e auditados.

No período de império no Brasil, havia um Quarto Poder, o Poder Moderador, que era exercido pelo Imperador, com o objetivo de manter o equilíbrio entre os poderes, mas foi extinto logo após a proclamação da República, por motivos óbvios rs

O Quarto Poder que quero falar é a imprensa, que passou a ser assim chamada em meados do século XIX, quando trouxe para si uma função parecida com a do nosso Imperador: evitar abusos dos Três Poderes, buscando manter a democracia em equilíbrio. 

Aqui começo a trazer minhas provocações.

Cada jornalista, cada editor, cada empresário do segmento jornalístico tem uma visão de mundo, uma crença, um viés e é extremamente difícil não colocar isso num texto. Se é um artigo, um texto de opinião, este viés é necessário, até obrigatório. Mas ao se transmitir uma notícia, a narrativa tem que ser isenta, sem comentários ou vieses. Com o tempo, a sociedade passou a entender que o jornal A tem uma visão mais à direita e o jornal B mais à esquerda, e passa a ler com ressalvas, o jornal com visão diferente da sua. Mas é algo explícito. 

Recomendo sempre que se leia as duas visões, mesmo que discorde muito de uma delas.

Desde que eticamente estruturadas, ajudam a construir a nossa visão, independente de como enxergamos o mundo. É algo dinâmico e precisamos “calibrar” nossas crenças e como enxergamos o mundo ao longo do tempo.

Também é “dentro” do Quarto Poder que a publicidade acontece e durante o século XX passamos a vê-la se “travestir” de notícia para levar mais credibilidade à mensagem, o que nem sempre era – ou é – percebido pela audiência.

Com o surgimento da internet, surge um novo e não regulamentado ambiente, perfeito para quem deseja se expressar, mas não tem condição de arcar com os custos de montar uma empresa jornalística. Inclusive o termo blog surgiu da iniciativa de um programador que começou a divulgar sua opinião e visão sobre o conflito na Palestina no seu diário de bordo digital, seu weblog, rapidamente reduzido para blog.

Também sites e portais passaram a oferecer conteúdo no formato jornalístico, alguns deles sem a estruturação anterior e, de forma intencional ou não, passam a entregar textos com um forte viés, como se fosse uma matéria isenta ou cuidadosamente apurada.

Pois é exatamente a internet, esse ambiente caótico, onde todos são fonte, todos são veículo (multiplicadores) e todos são audiência, que se transforma no Quinto Poder.

Todos os poderes na democracia têm a necessidade de construir uma narrativa, um storytelling, um copydesk, para atrair e engajar pessoas que pensem e enxerguem o mundo da mesma forma. Assim você atrai os que pensam igual, identifica e argumenta com os que pensam diferente e cria um ambiente propício ao diálogo, à discussão de propósitos, projetos, e futuros que desejamos para a sociedade em que vivemos (e consumimos).

Um case emblemático sobre o uso correto das redes sociais foi a primeira campanha presidencial de Barak Obama, que se tornou um divisor de águas no uso da internet pelos políticos.

A grande diferença é que os três poderes são burocraticamente estruturados para que possam coexistir e o quarto poder é regulamentado e passível de auditoria (quase sempre).

Quando levamos para a internet, o Quinto Poder ainda não está regulamentado em sua totalidade e ainda permite a construção de narrativas falsas, escritas como notícias. Bem-vindos à era das fake news.

Nunca o mundo esteve tão à mercê da construção de narrativas distorcidas, fora de contexto ou mesmo falsas, propagadas como forma de influenciar pessoas e manipular grupos, como o que acabamos de presenciar estarrecidos, em Brasília, com a invasão e depredação dos prédios símbolos dos Três Poderes.

O ponto central é que não estávamos prontos para termos acesso a tanta informação e ainda não desenvolvemos mecanismos de defesa, que possam nos proteger desses interesses enviesados. 

As redes sociais, criadas pela tecnologia, possuem a capacidade de reter a atenção do usuário, levando-o de um lado para outro em piscinas infinitas, sem que ele perceba. O termo foi cunhado por Jake Knapp e John Zeratsky em seu livro Faça Tempo.

Na mesma linha, o aprimoramento na redação dos textos traz gatilhos mentais como escassez, comunidade, urgência, exclusividade entre outros, levando o visitante do site ou perfil a uma sensação angustiante de reação ao estímulo do texto. O conceito é de 1984, de Robert Cialdini em seu livro As Armas da Persuasão

Junte a isso os algoritmos das empresas de tecnologia e temos a tempestade perfeita!

Presenciamos isso nos últimos dez anos pelo mundo, com a amplitude sem profundidade das relações digitais permitindo que pessoas, entidades e empresas se beneficiem disso: desde a propaganda que exagera nos benefícios do remédio ou na qualidade do produto tecnológico, passando pela foto retocada no app de relacionamento, chegando no discurso nem tão verídico do político.

Por um lado empresas criando ambientes onde seu cliente tem um canal direto de informação e relacionamento, e de outro exagerando nos atributos e criando armadilhas mentais para a venda.

Candidatos políticos, alguns usando a internet de forma correta, para aumentar o alcance de sua voz, e outros de forma leviana, denegrindo a imagem de seus opositores com narrativas não fundamentadas.

Músicos e bandas encontram o ambiente perfeito para divulgar sua arte, e de outro lado, se apropriam da arte alheia sem o devido crédito ou contrapartida.

Pessoas buscando relacionamentos e contato com outras pessoas por objetivos comuns, como hobbies e temas de interesse, e outras criando personagens fictícios para enganar ou prejudicar outras pessoas.

A última pitada desta receita explosiva vem de um comportamento que une os mais jovens e os mais velhos: a propagação de notícias, sem verificação prévia, em seus círculos de relacionamento, em suas redes sociais, fortalecendo e blindando a bolha já criada pelo algoritmo. Uma combinação explosiva, radical e excludente, gerando a percepção de fatos, ações e ambientes inexistentes.

O ser humano é social. Todos querem fazer parte de algo, pertencer a um ou mais grupos: do futebol, da faculdade, da igreja, do trabalho e busca na tecnologia uma forma de estreitar este relacionamento, esta participação.

Que tenhamos habilidade, transparência e determinação ética para revertermos esta situação de cisão política e social em nosso país – e no mundo – aprendendo e reescrevendo a narrativa para que possamos nos aproximar de forma empática e tolerante, buscando soluções e não culpados, tornando o mundo e, principalmente o nosso país, um lugar melhor.

Pode parecer utópico, mas as armas tecnológicas estão em nossas mãos e não têm custo.

Só precisa de ação! Vai se omitir?

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A próxima temporada estreia em Fevereiro de 2023!

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Não importa o cenário: Você sempre terá que decidir!

Já reparou como as coisas estão mudando e saindo do padrão, do esperado?

Estamos em pleno verão com frio, chuvas e muita confusão climática.

Imagine o empreendedor que tem sua barraquinha na praia, e que tem 4 meses no ano para garantir o faturamento do ano todo? Já perdeu parte de dezembro e de janeiro. Já deve estar buscando novas formas para gerar receitas que compensem as perdas. Some-se a isso ambientes econômico e político incertos, doméstico e internacional, e terá a tempestade perfeita! Ainda assim, tem que pensar, decidir e agir rápido.

Peguei um exemplo de um negócio mais simples, menos complexo. Mas para o verão temos ainda hotéis, pousadas, companhias aéreas, empresas de turismo e todo o ecossistema que tanto sofreu na pandemia, podem contar com a ajuda do clima para recuperar seus espaços e ainda assim precisam decidir o que oferecer aos seus clientes, quanto cobrar e como se diferenciar da concorrência. Sem a certeza de que eles virão. Esta certeza só Kevin Costner, no filme Campo dos Sonhos, tem.

Olhando para frente, o próximo grande evento nacional é o Carnaval, que traz com ele picos de vendas de equipamentos e instrumentos musicais, viagens e ocupação em hotéis e pousadas, comida, bebida, fantasias. Novas bandas se equipando, empresas de locação atualizando o equipamento, bandas se preparando para pegar a estrada. E os blocos? E os amigos que decidiram fazer um som no carnaval em casa, para beber sem preocupação? É um universo sem tamanho! Bora retomar o pós pandemia! 

Mas será que as lojas se planejaram? Pico de consumo de alimentos e bebidas, venda de instrumentos de percussão, pacotes turísticos, etc.. Ainda dá tempo de pedir e receber os instrumentos musicais? Consigo fechar os pacotes com pousadas e casas de eventos? Será que as pessoas sairão às ruas para celebrar o carnaval? Ou estaremos com uma insegurança criada pelo ambiente político?

Minha provocação neste Radar é sobre correr riscos, fato comum e frequente na vida dos empreendedores, líderes e responsáveis pelo negócio, pelas pessoas que trabalham nele e pelo resultado para o acionista.

Em alguns momentos com mais dúvidas e em outros com mais clareza, o fato é que sempre teremos o incerto, o imponderável, a necessidade de correr riscos.

Se olharmos somente para o calendário de eventos do ano, já temos dúvidas suficientes: Reveillon, Carnaval, Semana Santa, férias escolares, Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, Natal. No segmento corporativo, shows e eventos nacionais e internacionais, feiras setoriais e muitos outros. Cada um desses momentos é precedido de uma análise de cenário de muitas variáveis, uma decisão estratégica complexa, um movimento comercial ainda sem 100% de certeza. Que nunca teremos no momento da decisão. É preciso coragem!

Vou falar um pouco mais sobre isso, correndo o risco de tentar ensinar o padre nosso ao vigário. No primeiro trimestre todo mundo ainda está tentando cumprir a promessa de ano novo: “dessa é vez pra valer. Passou copa do mundo e eleições, “agora vai!” 

Dentro da Jornada do Empreendedor metodologia * que criei nos Compulsivos, há um momento em que paramos para decidir. Esta etapa foi batizada de Deep Speed.

* Conheça mais sobre a Jornada, aqui.

Parto do princípio que se usar todos os seus recursos e se esforçar ao máximo, você encontra a informação que precisa para tomar a sua decisão. E se com este esforço, não encontrá-la em uma semana, não a encontrará em um mês ou mais.

A má notícia é que você jamais terá 100% da informação que julga precisar para tomar a sua decisão, seja ela financeira, operacional ou conjuntural.

A boa notícia é que talvez não precise de 100%. Mas precisará de coragem para decidir com o que conseguiu juntar. E não digo que é fácil. Eu mesmo, que desenhei a metodologia, às vezes patino, postergando a decisão. Aquele só mais uns diazinhos… O que pode ser fatal para o negócio.

A verdade é que quando tiver toda informação que julga precisar para tomar a sua decisão, o momento de decidir já terá passado.

Resumindo, Deep Speed consiste em, no curto prazo de uma semana, se aprofundar o máximo que conseguir com as informações que conseguiu coletar com seus recursos.

E por recursos considero seu banco de dados, seu network, dados estatísticos secundários abertos de órgãos públicos, entidades e consultorias, , dados estatísticos primários (se tiver o recurso financeiro para contratar a pesquisa), etc… Junte tudo, consolide, entenda, discuta e decida em uma semana.

Está passando por um momento de decisão e está inseguro? Então mãos à obra: quatro dias para coletar, dois para consolidar e um para decidir.

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Onde começa o seu 2023?

Olá!

Faz um tempinho que não nos falamos.

Dei uma parada para colocar a cabeça em ordem para o que vem pela frente e acabei percebendo que é preciso analisar o conjunto da obra para darmos o próximo passo.

Nova onda (mais leve) de Covid, Guerra (menos intensa) na Ucrânia e eleições (ainda quente), com a posse do novo governo. As coisas ainda estão acontecendo com muita intensidade e pouca reflexão.

Não sei se chegou a ler um artigo onde fiz a provocação do tempo estar embolando os fatos e bagunçando a nossa percepção, como se o ano tivesse 730 dias! Se não leu, convido a depois dar uma passadinha lá e ler. Está neste link.

Pois bem, decidi voltar mais no tempo e “embolar” uma timeline mais longa, para dar suporte e tração à jornada de 2023, buscando gerar sinergia com o que planeja para você e/ou para a sua empresa.

Logo no começo da pandemia, em 2020, segui firme com a minha missão de transformar o país por meio do empreendedorismo e celebramos uma parceria entre os Compulsivos e a BandNews FM para oferecermos diariamente, dicas gratuitas com “compulsivos” das mais diversas áeas, para os empreendedores de pequeno porte passarem pelo turbilhão do isolamento social. Um belo trabalho voluntário de colaboração criado pelos Compulsivos.

Me aproximei mais da ACNUR e oferecemos um programa de mentoria gratuita para mulheres refugiadas empreendedoras.

Palestrei para startupsentidadeseventos, empresas de médio e grande porte sobre a importância de uma atitude e mentalidade empreendedoras para manter a empresa em evolução constante, tolerante ao erro e mentalidade ágil, extremamente necessárias em startups de projetos, mudanças de rumo nos negócios e perpetuação da empresa.

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Lancei junto com o Luiz Felipe Pateo pela DC Editora uma coleção de livros sobre Empreendedorismo para os Ensinos Fundamental 1 e 2 e para o Ensino Médio, que em 2023 se desdobrará numa série de palestras e workshops oferecidos aos professores, alunos, pais e comunidade.

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Publicamos o segundo volume da Série Tenha Cicatrizes, onde convido empreendedores para compartilharem seus erros, seus aprendizados e suas soluções.

Também produzi e gravei um curso de empreendedorismo 50+, dando uma nova perspectiva a uma crescente faixa da nossa população, ainda sem direção nesta vertente. O curso tem previsão de lançamento neste ano.

Expandi meu programa de rádio para o interior do país, disponibilizando no formato sindication o conteúdo para rádios que antes não teriam condições de oferecer o tema de cultura e atitude empreendedora em sua programação. Uma parceria campeã com a Juliana Paiva.

Produzi também com o Luiz Felipe Pateo mais uma temporada do podcast dos Compulsivos, trazendo entrevistados de empresas dos mais diversos portes e momentos e, retomei o meu podcast Tenha Cicatrizes com um minuto diário de provocação e inspiração sobre empreendedorismo e negócios.

Ampliei o meu programa de mentoria para altos executivos e empreendedores e com ele, meu projeto de mentoria pro bono – Operação Gastrite – onde converso semanalmente com um empreendedor, por uma hora, criticando o plano de negócios ou ajudando com a minha visão no entendimento do atual momento da empresa ou de vida.

Na minha atuação à frente do Esprouma instituição filantrópica apaixonante, que há mais de 40 anos capacita e insere jovens no mundo do trabalho, lidero um time incrível que nos levou a ser reconhecidos – no meio da pandemia – como Lugares Incríveis para Trabalhar. Lançamos novos produtos e serviços, trabalhamos fortemente com pesquisa de campo, identificando e entendendo onde a nossa atuação era necessária, colocando foco e impactando causas como pobreza menstrual, insegurança alimentar, refugiados, equilíbrio emocional e, trabalho, emprego e geração de renda, sempre em parceria com grandes empresas e cinco camadas de governança, em atendimento à forte regulamentação do terceiro setor.

Projeto Ryla Espro

Isso me levou a discutir temas como a aprendizagem profissional junto ao governo federal e entidades, refugiados junto a ONU, fomento ao empreendedorismo junto aos fóruns de desenvolvimento, além de ocupar espaços como membro do Comitê de Relações Internacionais do FONIF, do Programa de Inovação (iNO-vc) da ArcelorMittal, do comitê das Corporações do Inovabra Habitat.

Ufa! Olhando sob esta perspectiva acalma meu coração. Errei muito, mas aprendi e acertei também, sempre com a mentalidade e atitude colaborativa, plural, diversa, empática, determinada e divertida.

Com a sensação de dever cumprido e novamente desafiado, parto daqui para mais uma fase de uma jornada que será de aprendizados, cicatrizes e conquistas, que darão suporte à minha atuação no ano que inicia, colocando toda a minha energia, determinação e uma vontade enorme que a minha atuação e evolução pessoal contribua para a sua, a da sua empresa, da nossa sociedade e do nosso país! Desafios não faltam!

E você, onde começa seu 2023?

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Brasil, Copa do Mundo e Empreendedorismo

Não existe nada tão global quanto o futebol!

Mesmo não sendo “consumido” no mundo todo, todo mundo sabe da sua existência e reconhece quando o vê, assim como a latinha vermelha com a onda branca, da Coca-Cola, ou o excesso de “os” do Google.

Podemos fazer uma analogia entre a Copa do Mundo e o mercado global, além da guerra entre as empresas fabricantes de material esportivo, ou dos patrocinadores da Copa, de cerveja a fabricantes de veículos, com investimento individual a partir de 100 milhões de dólaresAB-InBev, McDonalds, Qatar Airways, além de Coca-Cola, Hyundai e Visa que têm contrato permanente com a Fifa. Nada abaixo de 300 milhões de dólares por edição da copa.

O futebol está dividido em campeonatos e o mercado está dividido em Níveis de Abrangência. Há o Campeonato Estadual (Mercado Doméstico ou Regional); o Campeonato Brasileiro (Mercado Nacional); o Campeonato Sul-americano ou a UEFA (Mercado Multinacional) e a Copa do Mundo (Mercado Global). Esses conceitos de mercado são facilmente percebidos na analogia.

Nem todos os times dos campeonatos estaduais participam dos campeonatos nacionais, e assim evoluem, até chegar a poucas empresas/times/países, que participam do mercado globalizado. Podemos ainda identificar nichos nos mercados domésticos, como a 2a. e 3a. divisões, onde há um outro público envolvido, com outros produtos/times, além dos campeonatos de futebol de várzea ou nos condomínios residenciais, equivalentes ao mercado informal. Isso sem falar dos vídeo-games, os e-sports,  (vendas pela internet) que substituem o prazer do jogo quando não se pode jogar de verdade.

Assim como nem todas as startups de market place ou fintechs serão unicórnios, mesmo que muitos queiram, muitos comércios locais serão sempre locais, mas extremamente relevantes para a comunidade, como aquele time de várzea que une o bairro.

Se compararmos os campeonatos às leis da Biologia, seria a Lei Natural de Seleção do Mais Forte. Só que no esporte, assim como nos negócios, vamos de Darwin, e sua Seleção Natural do Mais Adaptável. E eu complementaria: do mais Inovador e do mais Tolerante ao Erro.

Quanto à gestão, é necessário um grande líder, visionário, focado no futuro e determinado a seguir seus objetivos, sua estratégia, que será transmitida à empresa/time por ele e seu staff. Será que esse é o Tite?

E se a equipe da empresa/time de hoje, para sobreviver no mercado/campeonato precisa de determinadas habilidades, podemos destacar algumas:

Comprometimento – envolvido ou comprometido? A diferença faz toda a diferença… Estou envolvido no clima da copa, mas não me comprometo com os resultados, nem com os treinos de manhã bem cedo e muito menos com o estudo do adversário/concorrência. Faço parte da equipe e meu esforço é uma fração do sucesso alcançado pela empresa ou apenas cumpro ordens e “bato meu cartão”?

Inovação – se não existir o esforço de mudança, ousadia e inovação, sua vantagem competitiva será obsoleta, já conhecida pelo mercado e pela concorrência. De que vale um jogador que sabe um único drible? Ou um time de uma única estrela?

Estratégia – sem ela a empresa/time vive somente para o agora, sem visão de longo prazo. Ganha um jogo nas eliminatórias, mas jamais chegará à final da Copa;

Competência – é a capacidade entender a coisa certa a ser feita e fazer. Entregar resultado mostrando conhecimento e experiência sobre a tarefa, o desafio. Seja na linha de frente, atacando/vendendo, ou na retaguarda, defendendo/produzindo.

Essa competência só vem através do conhecimento de variáveis como as atribuições de jogador/executivo, o ambiente onde estou competindo e o adversário/concorrência.

Porém nada mais está sozinho, ou sem conexão com outros ambientes. Oscilações nos EUA, na Europa, ou a guerra na Ucrânia, impactam diretamente em nosso país, em maior ou menor escala. 

Assim como vimos que a influência externa desestabiliza o ambiente, na seleção, a influência de patrocinadores, torcedores, cartolas e burocratas da comissão técnica tem impacto direto no resultado final da partida. É necessário saber interagir com todos os públicos de interesse, com todos os stakeholders.

Os jogadores são como produtos, consumidos em diversos clubes/mercados. A equação clássica de valor abaixo, pode ser adaptada para o mundo futebolístico.

Se Valor é igual a Benefício Percebido dividido pelo preço e apesar de não podermos somar variáveis de grandezas diferentes, ousaria, para o futebol, apresentar a equação abaixo:

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

E para concluir, não podemos esquecer do exemplo do nosso eterno capitão Cafu, que sendo visto por bilhões de espectadores, dá-nos um perfeito exemplo da coexistência Global e Local ao estampar em sua camisa pentacampeã mundial, a frase “100% Jardim Irene”.

Você está preparado para jogar onde? Vai de várzea ou já consegue jogar no campeonato estadual? Tem um plano para chegar no Brasileirão? E não esqueça que todo mundo, de vez em quando, gosta de jogar online. Afinal, a pandemia provou que todos podemos dar uma jogadinha no e-commerce.

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O papel do líder na construção de uma equipe poderosa

Neste artigo quero compartilhar com vocês a minha visão do papel do líder.

Pessoalmente não ponho muita fé nos líderes que não se preocupam em desenvolver pessoas.

Diariamente converso com empreendedores, executivos e investidores e percebo um grande desalinhamento de propósito e de expectativas. A empresa não se desenvolve se as pessoas dentro dela não se desenvolverem. O desenvolvimento pessoal de cada um dos liderados é uma receita recorrente de sucesso e perpetuação do negócio. Conhecimento anda de mãos dadas com autonomia e comprometimento.

Tão importante quanto a empresa ter uma causa, é imprescindível o líder ter uma atitude generosa, compartilhando conhecimento ou mesmo incentivando a busca por conhecimentos que nem ele possui.

Olhando de perto, o perfil da pessoa que ensina é muito alinhada com a da pessoa que lidera. Não um chefe. Mas de fato um líder: essa pessoa que lidera pode estar dentro da sala de aula ou em alguma posição executiva.

Pensando como o conhecimento é transmitido e retido ao longo dos tempos, fiz um breve resumo, uma timeline desconstruída,  sem rigor científico ou cronologia exata, apenas para termos um referencial.

No primeiro momento, bem no começo da história, como na Grécia antiga, existia a figura do sábio, um mentor que trabalhava com pequenos grupos, conseguia fazer atendimentos individuais e tinha foco no entender. Talvez a palavra-chave fosse discutir.

Mais para a frente, provavelmente na idade média, surge a figura do mestre. Aqui ele já tem a função de transmitir suas habilidades, como por exemplo de artesão. Ele trabalha ainda com grupos pequenos, mas o foco é no fazer. Eles aprendem fazendo, errando e cada vez melhorando as suas habilidades. Então o foco é no fazer e a palavra-chave aqui é aprender.

Avançando um pouco mais no tempo e chegando no século passado, com a figura do professor entregando pacotes fechados de conteúdo, para grandes grupos de alunos, transmitindo informação. De fato, a palavra transmissão surge como referência, pois ao longo do desenrolar do século cresce o número de alunos e diminui a interação. Então o foco é no saber e a palavra-chave é ensinar.

Olhando para frente pensando de hoje para o futuro, a figura do facilitador é que aflora. Ele trabalha com aprendizagem colaborativa, faz curadoria do conteúdo do seu time, tem muita flexibilidade. São grupos orgânicos e crescem ou diminuem em função do interesse pelos temas ou pelas disciplinas e o foco é na colaboração. A palavra-chave é co-construir.

Podemos perceber claramente que ao longo do tempo, muda a função da pessoa que transmite a informação, que fala sobre o seu conhecimento, que compartilha sua opinião, ou que induz as pessoas ao raciocínio, a criarem suas próprias conclusões. Mas todos eles têm a mesma função de ajudar na evolução pessoal.

Outro ponto muito importante é a atitude do líder. Ele deve inspirar o seu time, desafiando a cada um e oferecendo suporte à sua evolução. Ter um desafio pessoal e coletivo ajuda na criação de vínculos e de uma comunidade de colaboração e segurança.

Mesclar o presencial e o virtual é um bom caminho para a evolução, tendo a tecnologia como o grande pano de fundo das relações pessoais e profissionais, do aprendizado e dos negócios e a pandemia, impositivamente,  provou isto ser possível. Tudo integrado ou embolado, se preferir. O fato é que hoje é possível fazer muito pelo desenvolvimento da sua equipe com baixo investimento financeiro. Mas precisa de colaboração, empenho e generosidade, para que isso ocorra. E sempre em pequenas e contínuas doses.

Trazendo essa reflexão para a sua empresa, em qual desses perfis você se enquadra e o que você tem feito pela sua equipe ou pela sua empresa ultimamente?

Só há uma maneira do seu negócio se desenvolver consistentemente: desenvolva as pessoas ao seu redor! E claro, tenha cicatrizes.

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Diversas visões de um mesmo fato – mais a minha.

Você que me conhece já sabe da minha paixão por livros, pelo conhecimento, pela cultura. A curiosidade é uma grande companheira que me leva a diversos pontos de vista sobre o mesmo tema. Isso me lembra um filme que usa o mesmo conceito: Ponto de vista (Vantage point), com Forest Whitaker, Dennis Quaid e Sigourney Weaver. Fica a dica e o trailer.

Mas vamos aos fatos. Escolhi trazer o mercado de livrarias no Brasil pois ilustra, além do cenário econômico, o esforço para uma transformação cultura, de leitura e de consumo, oferecendo novas experiências aos consumidores leitores.

Mas esta história é mais antiga. Vamos lá!

Lá em 2016…

… comentei na minha coluna da BandNews FM sobre uma livraria em Paris, a Librairie des Puf, da editora Presses Universitaires de France, que havia substituído seu estoque físico de livros por uma impressora super rápida que imprime os exemplares na hora, sob demanda. enquanto você toma um cafezinho. Rápido assim. Inclusive este é o nome da máquina, Espresso Book Machine.

O mercado já não estava para amadores naquela época e fizeram uma redução de diversos andares ocupados pela livraria para uma única loja de 80m2.

Já em 2019…

… trouxe o assunto novamente, mas sob uma outra ótica e para o mercado brasileiro. Com o processo de recuperação judicial das duas maiores redes de livrarias do país, a Cultura e a Saraiva, que na época respondiam por 40% das vendas de livros no país, e com a retração de consumo, diminuindo o número de livrarias no país de 3.095 em 2014 para 2.500 em 2019. O cenário trouxe oportunidades para quem pensa diferente e aceita correr certo risco.

Três empreendedores paulistanos lançaram naquele ano a Livraria Simples, que tinha como foco o serviço de localização e venda de livros esgotados e raros. Também trouxe oportunidade para quem já estava no mercado, como a Free Book, especializado em livros importados, inicialmente censurados pela ditadura em 1976, quando foi fundada, e posteriormente oferecendo livros de design, fotografia, moda e arquitetura.

Mas o que está por trás de tudo é um conceito antigo e irrefutável, presente na fala de um dos sócios, Manuel Teixeira Neto, em matéria da Folha:

“Essa é a essência da livraria. O livreiro vende cultura, saber, conhecimento, sonhos.”

O mercado até inverteu a ordem do modelo de negócio vigente. Antes a livraria abria uma cafeteria dentro de suas instalações. Hoje, cafeterias e bares abrem livrarias nos seus espaços. Um exemplo é a Pulsa, livraria aberta dentro do Bar Das, em São Paulo. A ideia por trás do movimento é oferecer temas de livros convergentes com o perfil dos frequentadores do estabelecimento. É o mesmo movimento feito pela cafeteria Por Um Punhado de Dólares, que abriga agora uma livraria e loja de discos de vinil.

Mais próximo da pandemia, em 2020…

… a criatividade abria portas, bolsos e carteiras. O empresário e livreiro José Luiz Tahan, dono há 20 anos da Realejo Livros, livraria e editora em Santos, viu a interação dos clientes durante a pandemia crescer nas redes sociais, pedindo orientações e dicas de livros, uma vez que todas as lojas estavam fechadas. Pimba: criou o Livreiro em Domicílio, um serviço de curadoria e venda de livros. E no retorno, com a reabertura das lojas o serviço não só continuou, como criou um Clube de Assinatura, onde por R$70,00, o participante recebe todo mês um livro, uma gravura, uma quarta capa especial e uma playlist – olha só! – para embalar a leitura.

Assinatura também foi um caminho trilhado pela Livraria Cultura, com um valor menor, R$14,90 mensais e muita criatividade. O cliente escolhe e leve qualquer livro, um por mês, sem pagar mais nada além da mensalidade. Se devolver a obra em 30 dias, pode seguir pegando outra. Caso não retorne o livro, o membro paga pelo item com 20% de desconto. Mas a gigante dos livros ainda patina em sua recuperação judicial, mesmo depois de fechar 14 das 17 lojas existentes e desligar 90% dos seus colaboradores.

O cenário é bem diferente para a Amazon que sempre foi virtual e aproveitou a pandemia para ocupar espaços. A loja, que começou como livraria e hoje vende de tudo no mundo todo, ainda tem seu próprio gadget de leitura, o Kindle, o que incentiva mais ainda a aquisição de livros, também no formato digital. O risco aqui é um monopólio que pode desestruturar a relação com as editoras. Precisamos ficar atentos.

E na semana passada,

… para encerrar nosso papo em alta, saiu a ótima notícia sobre a Livraria Saraiva, que reverteu prejuízo e conseguiu pela primeira vez, desde que entrou em recuperação judicial, registrar lucro no trimestre. Foram R$29 milhões no segundo trimestre deste ano. E prometem melhorar o resultado das vendas online, que ainda estão em queda, lançando seu novo site em setembro. Estou na torcida!

Muitas visões de um mesmo cenário, não? Cada empresa se encontrava numa determinada situação financeira e operacional, mas estas são apenas algumas das variáveis de gestão. O resultado vem da atitude, de como você reage e não simplesmente do que lhe é apresentado pelo mercado.

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Nesta edição do Radar, falei sobre: #economia #varejo #consumo #tecnologia #gestao #inovacao #falasaade

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ESG, “pero no mucho”​.

Para conversar com você hoje, fui buscar inspiração num artigo que escrevi há algum tempo, antes de lançar o No Radar do Saade.

Sempre defendi o livre mercado e a iniciativa dos empreendedores, que geram emprego, riqueza e solucionam problemas. Também sempre apoiei projetos sociais que fomentassem o protagonismo dos participantes na solução de problemas sociais.

A FORÇA DA SOCIEDADE CIVIL

Acredito fortemente que a sociedade civil tem mais força e agilidade que o poder público no direcionamento e implementação das soluções tão necessárias na busca de igualdade, de equidade.

E desde que assumi a Superintendência Executiva do ESPRO – uma instituição filantrópica e sem fins lucrativos, que atende a três políticas públicas de forma multifacetada – vim calibrando a minha visão sobre o segmento, sua gestão e sustentabilidade financeira e buscando uma forma de usar minha visão do ambiente e dos interlocutores para melhorar o nosso resultado e engajar mais as empresas nesta causa tão nobre e urgentemente necessária.

Logo, foi natural, mas revelador, tratar cada iniciativa social como um produto, que resolve uma dor de uma determinada parcela da sociedade e que algumas empresas teriam interesse em patrocinar esta transformação.

Me achei um gênio por um breve intervalo de tempo, até conversar com outros gestores do terceiro setor e receber o tiro de misericórdia do Michael Porter, em seu TED de 2013! Nele, o professor traz uma reflexão sobre tratar causas sociais como produtos que resolvem problemas, dores, das pessoas e das empresas, tornando-se assim economicamente interessantes para patrocinadores e doadores.

Se o apoio financeiro a determinada causa social produz alguma contrapartida da qual a empresa possa se apropriar, ela passa a considerar isso como uma opção sólida de investimento.

Pena que a premissa é mais teórica que prática. Na vida real, a grande maioria das empresas que defendem ou possuem políticas internas ESG ainda medem o investimento pela saída do recurso e não pelo seu impacto social. Triste, mas verdadeiro.

Não adianta gastar mais no anúncio de divulgação do que no próprio projeto social. Não faz sentido cumprir a cota da política pública da inserção do jovem no mundo do trabalho e não dar condições para que ele se desenvolva. Ou ainda, não perceber que ele tem um grande potencial, mas chega na empresa com alguns gaps pela deficiência do ensino e suas limitadas condições de acesso.

Não tome minha fala como desanimada ou derrotada. O que quero é provocar em você o mesmo desconforto e indignação que sinto todos os dias, da cadeira onde sento no Espro, ao me deparar com situações como essas.

Mas temos boas iniciativas. E empresas comprometidas. Muitas. Inclusive já escrevi sobre isso em outro Radar, quando abordei de forma mais objetiva a questão ambiental e as iniciativas de impacto pelo mundo. Confira aqui.

PACTO GLOBAL DA ONU

Fechando o cenário, a seção brasileira do Pacto Global da ONU, lançou há dois mese, na B3 uma iniciativa para avanços mais concretos no país no que diz respeito a sustentabilidade. O programa, chamado de “Ambição 2030”, provoca as companhias brasileiras, listadas em bolsa ou não, a abraçarem e implementarem ações ligadas aos ODS, da ONU.

O programa busca impactar sete diferentes pilares: equidade de gênero, de raça, dignidade salarial, saúde mental, acesso à água, e medidas de transparência e anticorrupção. Também criarão um fórum especial composto por diretores financeiros de empresas, colocando no centro do controle financeiro das empresas a discussão ESG.

E você e sua empresa? Vão ficar só olhando?

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Nele falo sobre fundamentos, dicas, cicatrizes, sacadas e gafes de empreendedores. Um minuto por dia, com aspiração de ser a dose recorrente de provocação, inspiração e aprendizado.

No episódio de hoje trago uma provocação sobre como, e se é possível, proteger uma ideia antes dela virar um negócio.

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Nesta edição do Radar…

… falei sobre: #sustentabilidade #varejo #consumo #terceirosetor #comportamento #PME #falasaade

No Radar do Saade é uma newsletter de periodicidade incerta, onde compartilho fundamentos, dicas, cicatrizes, sacadas e gafes de empreendedores, com a aspiração de ser a dose recorrente de inspiração e aprendizado, para quem deseja começar algo novo, dar mais um passo no trabalho, nos negócios, ou na vida. Afinal, “sempre existe alguém começando algo novo.”

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Não aguenta? Bebe leite. Digo, Latte Macchiato.

O mercado continua em ebulição!

O mercado que surge pós pandemia é pujante e dinâmico. Não tem receita de bolo e demanda rápida reação aos movimentos dos consumidores e concorrentes. Isso faz o mercado produzir resultados bem interessantes. Boralá?

E a Starbucks assumiu o controle da operação da rede Subway no Brasil.

Apesar da brincadeira no título, o mercado de franquias de alimentação no Brasil é coisa muito séria.

Dados de 2020 apontam que a rede Starbucks fatura R$ 250 milhões por ano no Brasil, por meio de uma rede de mais de 100 lojas, localizadas em 17 cidades.

Já a Subway, no mesmo ano de 2020, contabilizou o fechamento de 133 lojas nos doze meses anteriores, previu a abertura de 30 lojas em novas localidades e deu mais atenção ao delivery que já havia crescido no ano anterior.

O movimento das duas redes era bem distinto imediatamente antes do início da pandemia. E o resultado se consolida com o movimento de aquisição de uma rede pela outra.

As estratégias são completamente diferentes, desde portfolio, passando pelo posicionamento da marca preço e sua respectiva segmentação de público e experiência ou jornada dos seus clientes.

Se é difícil para os grandes, imagine para os pequenos. Com menos recursos e menos acesso a estratégias e capacitação, tocar um negócio PME não é tarefa simples.

Olhando para este mercado, o WhatsApp lançou um pacote destinado às PMEs para aumentarem suas vendas pelo aplicativo. O objetivo é permitir que um único número de celular cadastrado possa ser usado por mais de um aparelho na interação com clientes. Um grande ganho para melhorar o atendimento remoto, garantindo uma melhor experiência dos consumidores.

Nada de extraordinário, afinal, quem não dá atenção a um mercado 175 milhões de pessoas no mundo, que trocam mensagens diariamente com uma conta WhatsApp Business. Mais de 1 bilhão de pessoas conectadas toda semana, e mais de 40 milhões de pessoas acessam catálogos virtuais de empresas, todos os meses. E o Brasil representa 25% disso tudo!

Ainda falando de franquia …

PremiaPão é uma microfraquia, fundada em 2015, que tem como negócio a oferta de publicidade nos saquinhos de pão das padarias. O grande diferencial da rede é que todo saquinho da PremiaPão vem com prêmios. Hoje a rede tem 100 franqueados e em 2021 chegou ao faturamento de R$ 7 milhões, mas os planos são bem arrojados: terminar 2023 com 500 unidades e atingir R$ 9 milhões.

E a ação já começou, com o desenvolvimento de um aplicativo para interagir com os anúncios em realidade aumentada e estratégias de captação de franqueados baseadas no porte de cidades. Na capital paulista não deu muito certo. Mas entende que a segmentação por porte de cidades foi uma escolha acertada.

Ainda falando em franquias, a Zee.Dog, anunciou a entrada oficial segmento de franchising. A marca oferece produtos para animais de estimação e seus humanos, e lançou um modelo de franquias com valores a partir de R$ 350 mil, com lojas de 40 a 100 metros quadrados.

A ideia é sair do virtual, onde os consumidores já estão habituados a comprar produtos da Zee.Dog online, e trazê-los para o varejo físico. Também abrirão um super espaço em São Paulo, com quatro andares e 750 metros quadrados, integrando diferentes espaços para compradores e seus animais de estimação, servindo como ponto de encontro e até mesmo coworking. Será que vai dar certo?

Não é franquia, mas vai movimentar o mercado

Apesar de não ser franquia, está competindo na mesma arena e sob as mesmas influências. É imperativo destacar a fusão entre a BR Malls e a Aliansce, criando um grupo gigante, composto de 69 shoppings centers e quase 40 bilhões de reais em vendas.

O movimento é reflexo da mudança do comportamento do consumidor, que caminhou para as compras online e mais ainda, pós dois anos de pandemia e reclusão. Se antes viver da locação dos espaços era difícil, entendo que agora seja impossível. Será necessário gerar novas experiências nos shoppings, gerando receita com o fluxo de clientes, entretenimento e conveniência, alimentação e espaço de coleta de compras online.

É sentar, pegar a pipoca e assistir. Vai ser bonito de acompanhar.

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No episódio de hoje trago num TBT, uma reflexão sobre os foodparks, espaços estruturados durante a febre de foodtrucks, criando uma praça de alimentação a céu aberto. Ficou curioso? O episódio está aqui.

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