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Chegamos em julho! Bem no meio do ano.

E o que você fez até aqui?

Entregou metade da meta do ano? Teve que ajustar a rota para continuar seguindo em frente? Chegou na metade daquele objetivo pessoal? Passou do limite? Perdeu o ritmo? Está atrasado ou adiantado com as entregas?

Volta e meia paro para refletir sobre este conceito de tempo dividido em anos, meses, dias… É importante termos prazos definidos, indicadores e metas para acompanharmos nossa evolução e desafias nossos limites. Um pouquinho a cada vez.

Por muito tempo, faz tempo, fui atleta de competição e no esporte aprendemos que primeiro precisamos vencer nossos limites, melhorar nossos números, antes de tentar vencer um oponente. Você contra você é sempre a melhor forma de evoluir. E vencer o adversário acontece naturalmente. Mas no esporte, sempre tem que haver um perdedor da partida. Por melhor que você esteja, naquele dia, o melhor, seu e do seu time, podem não ter sido suficientes para vencer. Mas ainda assim é uma evolução e um aprendizado.

Trazendo a metáfora para o mundo do trabalho e do empreendedorismo, precisamos a cada dia buscar mais eficiência, reduzir o custo da produção, desenvolver nossos colaboradores, entender melhor o cliente e adequar produtos e serviços para que não fiquem obsoletos.

Desenvolver continuamente o seu time de colaboradores os tornará mais ativos, mais críticos e mais proativos, colaborando com o desenvolvimento do negócio.

Errar tentando acertar conta ponto. Ajuda a entender os caminhos e a buscar novas soluções. Errar é bem melhor que não tentar. Só não vale repetir o erro. Ele deve ser um aprendizado.

Então, junte seu time, olhe para trás e busquem entender onde podem melhorar o que fizeram nos primeiros seis meses do ano: erros, acertos, aprendizados.

O mercado também mudou, de quando você desenhou seu plano para 2022. E muito! Agora você está bem no meio do ano. Mais próximo do fim e com seis meses de experiência para navegar o próximo semestre. Isso é valioso!

Se faz sentido para você, deixo aqui algumas provocações:

  1. Caso ainda não tenha feito, olhe para fora e ajuste as premissas – a guerra pós pandemia bagunçou ainda mais o cenário econômico e político internacional, impactando em nosso mercado doméstico;
  2. Atenção aos indicadores internos e externos – eles contam muito sobre os rumos do mercado e do seu negócio.
  3. Olhe para dentro e entenda quais projetos podem ser postergados para o próximo ano e quais precisam ser acelerados – com as mudanças no mercado, as prioridades da estratégia podem ter mudando;
  4. Proteja das pessoas. Elas são o que há de mais valioso – mantenha um canal de comunicação aberto com o time. Todos alternam momentos de protagonistas e coadjuvantes. É importante manter o time bem informado, protegido e integrado. Dê sempre a resposta às suas perguntas, mesmo que não seja a que eles gostariam de ouvir.
  5. Entenda onde deve investir no desenvolvimento do seu time. Novas competências passaram a ser necessárias, assim como novas atitudes – senso de urgência, trabalho em equipe e dor de dono passam a ter ainda mais importância;
  6. Reveja processos e infra. Hoje é possível fazer mais com menos, se estiver bem estruturado e treinado – mas o time tem que comprar, senão tudo trava;
  7. E cuide da cultura. Ela é essencial para a sobrevivência de qualquer empresa – seja transparente, objetivo, coerente e consistente. Mudança é lenta e precisa de determinação.

Lembre-se que a gestão de um negócio é composto de diversos pequenos momentos com seu time, acertando, errando, aprendendo, corrigindo, celebrando… E nunca será uma linha reta. São altos e baixos contínuos, que no final do tempo combinado, estará melhor do que no começo. Tenha disciplina e resignação nas descidas, aprenda rapidamente com cada uma delas. E humildade, respeito e energia nas subidas.

Boralá? Tenha cicatrizes. E aprenda com elas!

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O Duro e Contínuo Impacto da Guerra na Vida e nos Negócios

Durante muito tempo as guerras também foram usadas como alavancas econômicas.

Historicamente durante as guerras, a economia internacional é afetada, o intercâmbio entre as nações diminui drasticamente e o desenvolvimento de inovação é acelerado. Isso é seguido de uma colaboração entre países aliados e posterior comercialização das invenções.

Da mesma forma que a história das guerras e sempre contada pelos vencedores, esses mesmos vencedores reconstroem as cidades que ajudaram a destruir nos países adversários, aquecendo a economia e retomando o intercâmbio internacional. Explicação simples, mas objetiva.

Isso tudo para lembrar que, apesar de ocupar menos tempo nos noticiários, a guerra segue em frente, com impacto nas pessoas, nas empresas e nos países.

EM MOVIMENTO ENERGIA

A necessidade e a dependência da Europa do petróleo são históricas, gerando esforços para manutenção do fornecimento e estruturando uma rede que permita sua ampliação. Uma das iniciativas é o Nord Stream 2, gasoduto que liga a Rússia a Alemanha e que ainda não entrou em operação, apesar de pronto desde 2021. Entraves políticos e regulatórios atrasaram o início da operação, que agora parece ainda mais distante, que também abastecerá a Áustria, Itália e países da Europa Oriental e Central.

Também a decisão do governo britânico de impor um embargo ao petróleo russo fez o preço do diesel disparar em Londres. A matéria do Valor Econômico detalha a importância da Rússia no fornecimento dos combustíveis que movem a Inglaterra, sendo consumido três vezes mais que a gasolina.

EM MOVIMENTO ALIMENTOS

Na contramão da tendência gerada pela guerra, o mercado de grãos sofrem queda em Chicago com as notícias da negociação da Ucrânia com a Rússia para liberar o transporte dos grãos retidos nos portos do país. É um movimento que alivia a pressão que gerou a alta dessas mesmas comodities nos meses que seguiram ao início da guerra. Nada ainda definitivo, mas um ótimo estímulo ao mercado especulativo.

Na parte de baixo do globo terrestre, outra commodity mostra seu poder, quando atrelado a uma marca. A fabricante suíça Barry Callebaout inaugura seu terceiro centro de exportação de cacau, desta vez no Equador, terceiro maior produtor mundial da fruta, com 375 mil toneladas anuais.

EM MOVIMENTO MARCAS

Seguindo ao movimento de abandonar suas operações na Rússia, ….

Após 30 anos, 800 lojas e 62 mil colaboradores, o Mc Donald’s também sairá da Rússia em resposta a invasão na Ucrânia. Em março havia fechado temporariamente todas as lojas, mas diferente da Netflix, que suspendeu os acessos, a rede norte-americana vai vender a operação a um investidor local e manter a posse da marca.

A francesa Renault protagonizou a primeira movimentação emblemática na infraestrutura russa, vendendo o total da sua participação na AvtoVAZ para o NAMI, estatal de pesquisa, além de ceder à cidade de Moscou as instalações operação da Renault Rússia.

E pra fechar com chave de ouro, o Google pedirá falência na Rússia! Isso mesmo.

Após ter seus bens bloqueados pelo governo russo, o que impede a sua operação local, a gigante de tecnologia formalizou sua intenção junto às autoridades locais.

Se isso afeta gigantes globais, imagine o duro reflexo disso na vida dos ucranianos e russos?

Aguardem cenas dos próximos capítulos.

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Ajuste suas premissas antes dos planos e desejos de ano novo!

Virada de ano sempre é momento de reflexão. E na maioria das vezes, momento de novos planos, novas listas, novas aspirações.

É bom pararmos de tempos em tempos, não somente nas viradas de ano, para uma autoanálise. Mas também é importante definir e ajustar as premissas que conduzirão esta reflexão.

Muitas vezes renovamos as aspirações, desejos e planos, sem mudar a estratégia. Se em 365 dias você não emagreceu nem ficou rico, acho que vale a pena, pelo menos, entender se as premissas ainda estão válidas e sustentam o seu plano.

Acontece que ao longo do ano muita coisa muda: no ambiente, em você, nas pessoas que lhe cercam, nas empresas, na tecnologia, na sociedade. Não faz muito sentido com tanta mudança, simplesmente repetir o que não deu certo antes.

E se o ambiente muda, é extremamente importante validar se a solução / competência que você oferece – seja como empresa, empreendedor ou profissional – ainda é útil para o mercado que você escolheu. Nossas competências aumentam ou diminuem de valor para as empresas onde trabalhamos, soluções oferecidas pelas empresas têm mais ou menos demanda em função do momento do mercado e da sociedade. Tudo muda muito.

O autor norte-americano Wayne Walter Dyer, traz uma provocação que sempre me inspira. Ele reflete sobre usos do mesmo material. Por exemplo, ele diz, o preço de uma barra de ferro é de aproximadamente US$100,00. Se não fosse uma barra nova, valeria ainda menos, US$25,00. Mas, se usasse este ferro para produzir ferraduras, seu valor aumentaria para US$250,00! agora, se preferisse produzir agulhas de costura, o valor aumentaria mais ainda, para US$70.000,00. Por fim, se optasse por produzir algo mais preciso e delicado, como molas para relógios, o valor chegaria a incríveis US$6.000.000,00!

Ele conclui: “Seu valor não é apenas aquilo que você é feito, mas acima de tudo, de que formas você pode tirar o melhor do que você é!”

Usando esta provocação como ponto de partida, proponho que entenda melhor as suas competências e busque ocupações onde elas possam se destacar, por necessidade ou por escassez. Onde você possa ser valorizado pelo que pode contribuir. Muitas vezes mudando de segmento de atuação, ou simplesmente de departamento, aumentamos o nosso valor.

Da mesma forma, se possui uma empresa, valide se os seus produtos e serviços são de fato úteis e busque mercados onde possa construir uma relação duradoura com seus clientes, independente dos seus consumidores serem pessoas ou outras empresas. Colaboração ao longo da cadeia cria valor e interdependência, ativos valiosos em tempos incertos.

Todo tempo investido nesta reflexão é bem empregado. Sempre! É daqui que saem tanto as decisões de descontinuar produtos e serviços, como de buscar novas responsabilidades e atribuições, fazer um novo curso, encontrar novas ideias e soluções. Lembre-se que a capacidade de se adaptar é uma das características mais importantes nestes tempos.

Afinal, sempre existe alguém começando algo novo. Por que não você?